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Lagoa do Mato receives draft law against fracking

Lagoa do Mato receives draft law against fracking

The city of Maranhão recognized the dangers of the technique, but the mayor preferred not to take a position

 

What is fracking?

Fracking – also called hydraulic fracturing – is a process that involves injecting large volumes of water, chemicals and sand at high pressure into layers of rock underground to release trapped natural gas. Although it is a technique already in use in several countries, it is controversial for causing environmental and ecological damage, including groundwater contamination, release of greenhouse gases, induced earthquakes, etc.

 

Lagoa do Mato, Maranhão, was the stage of a training session promoted by COESUS – Coalition No Fracking Brazil for Water and Life, a campaign of the Arayara International Institute, with the theme “Fracking: a threat to the future of Brazil” on September 9, 2022. The event gathered all councilors of the municipality, who were in public session at the city council. In addition to the central theme, the use of renewable energy and a just energy transition were also addressed. At the end of the plenary session, a bill against fracking was presented to the city’s legislature, which pledged to deal with it in future meetings

During the training, the councilors expressed their opposition to fracking and reported to the COESUS team about research being conducted in the municipality by an oil company. Some of them mentioned that research drilling has resulted in explosions in the areas where it was carried out.

The councilors also shared that they are already adopting measures to implement renewable energy in their homes and properties, aiming for energy efficiency. It was pointed out to the plenary that fracking, besides being a devastating technique, increases the dependency on thermoelectric plants, which generate more expensive and polluting energy, resulting in higher tariffs for consumers.

 

City councilors of Lagoa do Mato take a stand against fracking.

Lagoa do Mato is known for its large lagoon, which lends its name to the town. According to the mayor, Alexsandre Guimarães Duarte (PP), despite the presence of this important source of water, the region suffers from the scarcity of the resource. In order to carry out fracking, a very high quantity of potable water is needed. With this in mind, COESUS asked the following question: Does it make sense to take water from an entire population to extract gas that will benefit other places, leaving damage to the town of Lagoa do Mato?

The mayor of the city, although he was shocked by the facts presented, chose not to position himself publicly on the subject. However, he emphasizes the population’s lack of knowledge about fracking and its negative impacts.

The fight against fracking is fundamental to preserve the environment, the health of the population, and to guarantee a safe and prosperous future for the communities. A broad debate and the active participation of all sectors of society are necessary to make conscious and responsible decisions regarding the use of natural resources. COESUS will continue its mission to inform and mobilize, aiming for a Brazil free of fracking and with a more sustainable future.

 

Team from No Fracking Brazil in front of the Town Hall of Lagoa do Mato.

Lagoa do Mato receives draft law against fracking

Lagoa do Mato recebe PL contra o fracking

A cidade maranhense reconheceu os perigos da técnica, mas prefeito preferiu não se posicionar

 

O que é o fracking?

O fracking – também chamado de fraturamento hidráulico – é um processo que envolve a injeção de grandes volumes de água, produtos químicos e areia, a alta pressão, em camadas de rocha do subsolo para liberar o gás natural que está preso. Apesar de ser uma técnica já utilizada em vários países, ela é controversa por causar danos ambientais e ecológicos, incluindo contaminação da água subterrânea, liberação de gases de efeito estufa, terremotos induzidos etc.

 

Lagoa do Mato, Maranhão, foi palco de uma capacitação promovida pela COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pela Água e Vida, uma campanha do Instituto Internacional Arayara, com o tema “Fracking: uma ameaça ao futuro do Brasil” no dia 09 de setembro de 2022. O evento reuniu todos os vereadores do município, que estavam em sessão pública na câmara municipal. Além do tema central, também foram tratados o uso de energias renováveis e a transição energética justa. Ao fim do plenário, um projeto de lei contra o fracking foi apresentado ao legislativo da cidade, o qual se comprometeu em tramitar nas futuras reuniões

Durante a capacitação, os vereadores manifestaram sua oposição ao fracking e relataram à equipe da COESUS sobre as pesquisas que estão sendo realizadas no município por uma empresa petrolífera. Alguns deles mencionaram que perfurações de pesquisa resultaram em explosões nas áreas em que foram realizadas.

Os vereadores também compartilharam que já estão adotando medidas de implementação de energias renováveis em suas residências e propriedades, visando a eficiência energética. Foi destacado para o plenário que o fracking, além de ser uma técnica devastadora, aumenta a dependência de usinas termelétricas, que geram energia mais cara e poluente, resultando em tarifas mais altas para os consumidores.

 

Vereadores de Lagoa do Mato se posicionam contra o fracking.

Lagoa do Mato é conhecido por sua grande lagoa, que empresta seu nome à cidade. Segundo o prefeito Alexsandre Guimarães Duarte (PP), apesar da presença dessa importante fonte de água, a região sofre com a escassez do recurso. Para a realização do fracking, é necessária uma quantidade de água potável bem alta. Com isso em mente, a COESUS fez o seguinte questionamento: Faz sentido retirar água de toda uma população para extrair gás que beneficiará outros lugares, deixando danos para a cidade de Lagoa do Mato?

O prefeito da cidade, embora tenha ficado chocado com os fatos apresentados, optou por não se posicionar publicamente sobre o assunto. No entanto, ele ressalta a falta de conhecimento da população em relação ao fracking e seus impactos negativos.

A luta contra o fracking é fundamental para preservar o meio ambiente, a saúde da população e garantir um futuro seguro e próspero para as comunidades. É necessário um amplo debate e a participação ativa de todos os setores da sociedade para tomar decisões conscientes e responsáveis em relação ao uso dos recursos naturais. A COESUS continuará sua missão de informar e mobilizar, visando um Brasil livre do fracking e com um futuro mais sustentável.

Equipe da Não Fracking Brasil em frente a Câmara Municipal de Lagoa do Mato.

Fortuna em risco

Fortuna em risco

Cidade maranhense passa por pesquisas para possível exploração de gás natural em seus territórios

 

O que é o fracking?

O fracking – também chamado de fraturamento hidráulico – é um processo que envolve a injeção de grandes volumes de água, produtos químicos e areia, a alta pressão, em camadas de rocha do subsolo para liberar o gás natural que está preso. Apesar de ser uma técnica já utilizada em vários países, ela é controversa por causar danos ambientais e ecológicos, incluindo contaminação da água subterrânea, liberação de gases de efeito estufa, terremotos induzidos etc.

 

O município de Fortuna, Maranhão, recebeu a visita da equipe da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pela Água e Vida, uma campanha do Instituto Internacional Arayara, em 09 de setembro de 2022. Foi realizada uma vistoria técnica a dois blocos onde a empresa petrolífera ENEVA está conduzindo pesquisas de exploração de gás. Não foi possível identificar o modelo de extração utilizado pela empresa, mas se verificou que a extração de gás não traz riqueza para o município.

 

Cabeças de poços de pesquisa para extração do gás de xisto em Fortuna/MA.

A Não Fracking Brasil foi recebida pelo assessor da presidência da câmara, Tonni Rodrigues, que recebeu o material da campanha e um projeto de lei contra o fracking. Ao ser questionado se o município sabia de locais de exploração de gás de xisto, Rodrigues afirmou que sim e indicou para a equipe o local de pesquisa.

A COESUS foi até a Câmara Municipal, onde constatou a falta de manutenção do local. O estado da “casa do povo” mostra a ausência de desenvolvimento causada pela exploração de gás na cidade.

Ao percorrer as ruas, praças e demais locais do município, é possível observar placas brancas com numerações, que identificam os blocos de exploração da empresa petrolífera. Essa prática também é comum na Argentina, país que já adota a técnica de fraturamento hidráulico, conhecido como fracking.

Um fenômeno pouco conhecido, chamado “racismo ambiental”, afeta diversas cidades do Maranhão, inclusive Fortuna. As empresas petrolíferas têm preferência por realizar suas operações em municípios que sofrem com esse tipo de racismo, pois isso facilita o uso de estratégias sedutoras e promessas enganosas para iludir a população, contribuindo ainda mais para a marginalização dessas localidades.

Placas brancas com numerações identificando os blocos de exploração de gás.

O racismo ambiental ocorre quando a população de determinada região é prejudicada desproporcionalmente pela instalação de indústrias poluentes ou por atividades extrativistas que comprometem o meio ambiente. Essas comunidades, geralmente compostas por pessoas de baixa renda e grupos étnicos minoritários, enfrentam impactos ambientais negativos em suas vidas diárias, desde a contaminação da água e do solo até a degradação da saúde e qualidade de vida.

 

No caso de Fortuna, a extração de gás não está trazendo os benefícios econômicos prometidos para a cidade. A falta de manutenção na câmara municipal é apenas um exemplo visível do descaso e da falta de investimento na infraestrutura local. Enquanto a empresa petrolífera busca lucrar com a exploração de gás, a população de Fortuna sofre com as consequências negativas dessa atividade.

 

Ambiente dentro da Câmara Municipal de Fortuna/MA.

A visita técnica da COESUS levanta questionamentos importantes sobre o modelo de desenvolvimento adotado no município. É fundamental que haja um debate amplo e inclusivo sobre os impactos sociais e ambientais causados pela exploração de gás e outras atividades extrativistas na região. É necessário buscar alternativas sustentáveis e que valorizem o bem-estar das comunidades locais, promovendo o desenvolvimento de forma justa e equitativa.

A COESUS tem o trabalho de conscientização e mobilização contra o fracking e outras práticas extrativistas prejudiciais ao meio ambiente e às comunidades. A coalizão busca ampliar o debate e promover ações que visem a preservação dos recursos naturais e a proteção das populações afetadas por essas atividades.

Buriti Bravo se posiciona contra el fracking

Buriti Bravo se posiciona contra el fracking

La acción de la Coalición No al Fracking Brasil reunió a concejales de oposición y a más de 500 personas

¿Qué es el fracking?

El fracking, también conocido como fracturamiento hidráulico, es un proceso que implica la inyección de grandes volúmenes de agua, productos químicos y arena a alta presión en capas de roca subterránea para liberar el gas natural atrapado. Aunque es una técnica utilizada en varios países, es controvertida debido a los daños ambientales y ecológicos que causa, como la contaminación de las aguas subterráneas, la liberación de gases de efecto invernadero, los terremotos inducidos, entre otros.

El equipo de técnicos de COESUS – Coalición No al Fracking Brasil por el Agua y la Vida, una campaña del Instituto Internacional Arayara, estuvo presente en el municipio de Buriti Bravo, en Maranhão, para reunirse con los concejales e informarles sobre las amenazas que el fracking representa para la ciudad y su población. Este encuentro tuvo lugar el 8 de septiembre de 2022 y reunió a concejales de oposición con un objetivo común: la defensa de la vida, que está por encima de cualquier interés.

El nombre de la ciudad se debe a la abundancia de buritis, una palmera típica de la región, y al Río Bravo, que atraviesa la ciudad. La importancia de estas palmeras en la alimentación y el refugio de otras especies es significativa. Sin embargo, el fracking tiene como consecuencia la contaminación y la contaminación del agua y las plantas, poniendo en riesgo a la palmera, símbolo de la ciudad.

 

Coalición No al Fracking Brasil en el Concejo de Buriti Bravo.

COESUS ofreció una conferencia a la población sobre el fracking y sus impactos. Más de 100 personas asistieron en persona y de forma virtual. La presencia de la población es extremadamente importante para ejercer presión sobre los concejales para que no permitan la instalación de una industria que solo cause enormes daños a la ciudad.

Durante la presentación, el equipo de COESUS destacó estos riesgos, haciendo hincapié en la contaminación potencial de las fuentes de agua potable, la contaminación del aire y la destrucción de los hábitats naturales. También discutieron las consecuencias a largo plazo que el fracking puede tener en la economía local y en la industria del turismo, además de los impactos en la salud de las comunidades cercanas.

 

Buriti Bravo se posiciona contra el fracking

Buriti Bravo takes a stand against fracking

Action by the No Fracking Brazil Coalition brings together opposition councilors and over 500 people

What is fracking?

Fracking – also known as hydraulic fracturing – is a process that involves injecting large volumes of water, chemicals, and sand at high pressure into underground rock layers to release trapped natural gas. Although this technique is already used in several countries, it is controversial due to its environmental and ecological damage, including groundwater contamination, greenhouse gas emissions, induced earthquakes, etc.

The technical team from COESUS – No Fracking Brazil Coalition for Water and Life, a campaign by the Arayara International Institute, was present in the municipality of Buriti Bravo, in Maranhão, to meet with councilors and inform them about the threats that fracking poses to the city and its population. This meeting took place on September 8, 2022, and brought together opposition councilors with a common goal: the defense of life, which is above any interest.

The name of the city is due to the abundance of buriti trees, a typical palm tree species in the region, and the Bravo River, which runs through the city. The importance of these palms in providing food and shelter for other species is significant. However, fracking results in pollution and contamination of water and plants, putting the symbolic palm tree of the city at risk.

Suelita Röcker, from No Fracking Brazil, speaking at the Buriti Bravo council

 

COESUS delivered a lecture to the population about fracking and its impacts. Over 100 people attended the event, both in person and virtually. The presence of the population is extremely important to exert pressure on the councilors, in order to prevent the installation of an industry that only brings immense damage to the city.

During the presentation, the COESUS team highlighted these risks, emphasizing the potential contamination of drinking water sources, air pollution, and the destruction of natural habitats. They also discussed the long-term consequences that fracking can have on the local economy and the tourism industry, as well as the impacts on the health of nearby communities.