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Instituto Arayara Comemora Vitória com a Retirada de 15 Blocos de Leilões de Petróleo

Instituto Arayara Comemora Vitória com a Retirada de 15 Blocos de Leilões de Petróleo

Instituto Arayara destaca restrições socioambientais e governo retira 15 blocos de leilões de petróleo. ‘Revisão detalhada’ em áreas visa reduzir pressões sobre a oferta de áreas exploratórias no Brasil

Matéria publicada originalmente pela Folha (UOL)

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), liderada por Rodolfo Saboia, decidiu remover 15 blocos da lista de áreas disponíveis para exploração e produção no país, devido a restrições socioambientais, como a proximidade a terras indígenas e unidades de conservação.Segundo o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, outras áreas tiveram suas dimensões reduzidas para evitar sobreposições, embora ele não tenha especificado quantas. Atualmente, a lista de blocos exploratórios para o próximo leilão da ANP, previsto para 2025, inclui 404 blocos.

A revisão da oferta de blocos começou após o governo aumentar os índices de conteúdo local para os leilões. A ANP aproveitou a pausa para realizar uma “revisão detalhada” na lista de ofertas, removendo também áreas que geravam mais controvérsia do que interesse das empresas petrolíferas, conforme mencionado por Saboia.

Leilões de áreas para exploração e produção de petróleo frequentemente enfrentam protestos de organizações ambientalistas e representantes de povos indígenas contra a licitação de determinadas áreas, que raramente recebem lances devido ao risco de judicialização posterior.

No último leilão, em 2023, o Instituto Arayara estimou que 77 das áreas oferecidas tinham algum tipo de sobreposição com terras indígenas, quilombolas ou unidades de conservação. A ONG entrou com diversas ações judiciais para tentar impedir a oferta, mas não teve sucesso.

Ainda assim, o Instituto Arayara considerou que o fato de 68 dessas áreas não terem sido arrematadas indicou que sua atuação foi eficaz ao aumentar a percepção de risco.

O diretor-geral da ANP não soube detalhar quais áreas foram retiradas por restrições socioambientais, afirmando que a lista e as justificativas serão publicadas na nota técnica que fundamentou a decisão.

O edital do leilão foi aprovado pela diretoria da agência nesta quinta-feira (27). Com a paralisação do cronograma para revisão do edital, não será possível realizar a oferta em 2024. Será a primeira vez em sete anos que o país não terá uma licitação para concessão de áreas para exploração de petróleo.

No leilão de 2023, o setor apostou na busca por novas fronteiras exploratórias, com lances para 44 blocos na bacia de Pelotas, ainda inexplorada, mas com expectativa de descobertas semelhantes aos sucessos recentes do setor na Namíbia.

A abertura de novas fronteiras em meio a alertas sobre a emergência climática é criticada por organizações ambientalistas, mas defendida tanto pelo setor quanto pela área energética do governo. Em sua primeira coletiva, a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a prioridade é acelerar a exploração.

Ato na Ponte Hercílio Luz quer evitar exploração de petróleo no litoral catarinense

Ato na Ponte Hercílio Luz quer evitar exploração de petróleo no litoral catarinense


Dia – 10/07/2021 Local – Ponte Hercílio Luz, Florianópolis (SC) Horário – 10h

Realização – Observatório do Petróleo e Gás e Instituto Arayara

Atividades – Colocação de faixas, sensibilização e mobilização da sociedade para os extremos riscos sociais, ambientais e econômicos da exploração de petróleo no litoral de SC
Contatos no local – Suelita Racker (Dir.Inst. Arayara – 41- 98887-2352) e Marcos Espíndola (Assessor – 48- 99919-1525). Assessoria de imprensa – Carlos Tautz – 21-99657-8835
Contexto – O governo federal, através da Agência Nacional do Petróleo (ANP), pretende realizar a 17ª Rodada de Licitações e vender áreas para exploração de gás e petróleo em quatro bacias sedimentares marítimas, entre elas Santos e Pelotas, no litoral catarinense, em outubro de 2021.

  • O Instituto Arayara evidencia vários problemas no processo licitatório, além do fato de a exploração de petróleo causar atividade sísmica; colisão com embarcações ocasionando vazamentos de óleo; introdução de espécies exóticas invasoras; impacto na fauna e flora marinha; impacto na economia (pesca e turismo). A sociedade catarinense não sabe o que está acontecendo, pois apenas uma audiência pública foi realizada.
  • Em 25 de junho, a juíza Marjôrie Cristina Freiberger, da 6ª Vara da Justiça Federal em Florianópolis (SC), excluiu da 17ª Rodada (a ser realizada em 7 de outubro) a oferta dos blocos localizados no litoral de SC, até que sejam elaboradas Avaliações Ambientais de Áreas Sedimentares. A decisão atendeu pedido do Instituto Arayara, em ação civil pública com participação do Observatório do Petróleo e Gás, Observatório do Clima e da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil (mais informações em https://arayara.org/decisao-da-6a-vara-da-justica-federal-de-florianopolis-suspende-ofertas-de-blocos-da-bacia-de-pelotas-na-17a-rodada-de-licitacoes-de-petroleo-e-gas-natural ).Use máscara, álcool em gel e mantenha a distância segura recomendada pelas autoridades.

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