+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org
Tartaruga e plastico

São Paulo proíbe distribuição de produtos de plástico descartáveis

Estabelecimentos terão um ano para se adaptar; produtos biodegradáveis estão liberados

O prefeito Bruno Covas (PSDB) sancionou nesta segunda-feira, 13, a lei que proíbe o fornecimento de produtos descartáveis feitos de plástico em estabelecimentos comerciais na capital paulista. A nova regra se aplicará a bares, restaurantes, hotéis, padarias, casas noturnas, buffet infantis, entre outros estabelecimentos comerciais, a partir de 1º de janeiro de 2021.

A cidade de São Paulo já veta desde 2015 o fornecimento gratuito ou a venda de sacolas descartáveis. Entre as alternativas estão sacolas de papel, de material biodegradável e reutilizáveis.

Os comerciantes terão, portanto, um ano para se adequar à nova legislação e substituir itens como copos e talheres de plástico. A solução para os comerciantes é optar por itens reutilizáveis, alumínio ou materiais 100% compostáveis, como papel e madeira, por exemplo.

De acordo com o texto aprovado pela Câmara Municipal em 10 de dezembro de 2019, fica proibido o fornecimento de copos, pratos, talheres, pazinhas de sorvete e para misturar bebidas, entre outros itens, que sejam descartáveis e feitos de material plástico. A legislação também se aplica aos espaços para festas infantis, clubes noturnos, salões de dança, eventos culturais e esportivos de qualquer espécie.

As penalidades para quem não obedecer as novas regras vão de advertência e intimação para regularizar a atividade (após a primeira autuação) até multa e fechamento administrativo do estabelecimento (após sexta autuação).

Segundo estimativas da prefeitura, os plásticos correspondem a 17% dos resíduos que vão para aterros sanitários.

No mundo, a quantidade de plástico que chega aos oceanos anualmente paira em 10 milhões de toneladas. Estimativas dão conta de que 100 mil animais marinhos morrem todos os anos em decorrência da contaminação de plástico nos oceanos. Segundo pesquisa da Universidade de Queensland, na Austrália, mais da metade das tartarugas do mundo já ingeriram plástico.

Cerca de oito milhões de toneladas do produto são despejadas nos oceanos anualmente, segundo estudo de pesquisadores da Universidade da Georgia, o equivalente ao despejo nos mares do conteúdo de um caminhão de lixo por minuto.

Com informações da Veja e Folha De S. Paulo

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Na Mídia: Audiência sobre fraturamento hidráulico acontece no dia 11 de dezembro

Em audiência pública marcada para 11 de dezembro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai reunir entidades e especialistas para discutir a exploração de recursos energéticos de fontes não convencionais (óleo e gás de xisto ou folhelho) por meio da técnica conhecida como fraturamento hidráulico (fracking). O evento, que acontecerá a partir das 9h, no auditório da Primeira Seção, poderá

Leia Mais »

Na Mídia: ARAYARA repudia manutenção de subsídios bilionários a térmicas a carvão até 2040 e alerta para impacto climático, econômico e regulatório

A sanção integral da Medida Provisória 1.304, convertida na Lei nº 15.269/2025, reacendeu o debate sobre coerência climática e políticas públicas para o setor elétrico no Brasil. Publicada em 24 de novembro, no primeiro dia útil após o encerramento da COP30, realizada em Belém, a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém a contratação compulsória e a prorrogação de

Leia Mais »

O voto global da juventude: painel questiona a “Carta das Nações Unidas” e pede democracia climática

A governança global, atualmente estruturada pela Carta das Nações Unidas de 1945, está defasada e falha em garantir uma resposta efetiva à crise climática. Essa foi a provocação central do painel “Youth for UN Charter Review and Climate Democracy: Towards a Thriving Future for All Peoples and Our Planet” (Juventude pela Revisão da Carta da ONU e Democracia Climática), realizado

Leia Mais »

Confronto de ideias na COP30: ciência climática, capitaloceno e a urgência do phase out fóssil

A verdade inconveniente da crise climática, a falha histórica das COPs e a urgência de uma transição para além dos combustíveis fósseis foram o cerne do Painel Cientistas do Clima, realizado na sexta-feira, 21 de novembro, no ARAYARA Amazon Climate Hub. O encontro, mediado pela diretora executiva da ARAYARA, Nicole Oliveira, reuniu nomes de peso para conectar a ciência dura

Leia Mais »