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Aquecimento dos oceanos equivale à explosão de 3,6 mil milhões de bombas atómicas

Aquecimento dos oceanos equivale à explosão de 3,6 mil milhões de bombas atómicas

As temperaturas nos oceanos do nosso planeta atingiram um novo recorde, mostrando sinais de um aquecimento “irrefutável e acelerador”. Os oceanos são a forma mais clara de medir a atual emergência climática, dado que absorvem mais de 90% do calor retido pelos gases de efeito estufa emitidos pela queima de combustíveis fósseis, destruição de florestas e outras atividades humanas.

As conclusões do estudo conduzido por 14 cientistas, publicado na revista “Advances In Atmospheric Sciences” e citado, esta terça-feira, pelo jornal britânico The Guardian, informam que os últimos dez anos foram os dez mais quentes para os oceanos registados até agora e revelam ainda que o aquecimento ocorreu principalmente entre a superfície e os 2 mil metros de profundidade.

Oceanos mais quentes levam a tempestades mais severas e a uma interrupção do ciclo da água, o que significa mais inundações, secas e incêndios florestais, além de um aumento inexorável do nível do mar. Temperaturas mais altas prejudicam, também, a vida nos mares, com o número de ondas de calor marinhas a aumentarem acentuadamente.

Para demostrar a brutalidade das conclusões, o líder deste estudo comparou a subida da temperatura no mar com a energia libertada pela bomba atómica de Hiroxima. Garante que a quantidade de calor que foi colocada nos oceanos nos últimos 25 anos é igual à explosão de 3,6 mil milhões bombas atómicas iguais às que explodiram na cidade japonesa em 1945.

“Os oceanos são quem dizem realmente a que velocidade a Terra está a aquecer”, disse o professor John Abraham, da Universidade de St Thomas, em Minnesota, EUA, e um dos membros da equipa por trás da nova análise. “Através dos oceanos, vemos uma taxa de aquecimento contínua, ininterrupta e acelerada do planeta Terra. Esta é uma notícia terrível”, lamentou.

“Descobrimos que 2019 não foi apenas o ano mais quente já registado, mas também demonstrou o maior aumento de um ano em toda a década, um lembrete preocupante de que o aquecimento causado pelo homem no nosso planeta continua inabalável”, argumentou Michael Mann, outro membro da investigação e professor na Universidade Estadual da Pensilvânia.

Ainda assim, os cientistas acreditam que a situação se pode reverter. Os investigadores garantem que a mudança é possível, mas que o oceano vai levar mais tempo a recuperar do que o ar ou a terra. Para isso as fontes de energia devem ser sustentáveis e diversificadas, e a forma como a usamos tem que ser mais inteligente.

Fonte: Jornal Economico

São Paulo proíbe distribuição de produtos de plástico descartáveis

São Paulo proíbe distribuição de produtos de plástico descartáveis

Estabelecimentos terão um ano para se adaptar; produtos biodegradáveis estão liberados

O prefeito Bruno Covas (PSDB) sancionou nesta segunda-feira, 13, a lei que proíbe o fornecimento de produtos descartáveis feitos de plástico em estabelecimentos comerciais na capital paulista. A nova regra se aplicará a bares, restaurantes, hotéis, padarias, casas noturnas, buffet infantis, entre outros estabelecimentos comerciais, a partir de 1º de janeiro de 2021.

A cidade de São Paulo já veta desde 2015 o fornecimento gratuito ou a venda de sacolas descartáveis. Entre as alternativas estão sacolas de papel, de material biodegradável e reutilizáveis.

Os comerciantes terão, portanto, um ano para se adequar à nova legislação e substituir itens como copos e talheres de plástico. A solução para os comerciantes é optar por itens reutilizáveis, alumínio ou materiais 100% compostáveis, como papel e madeira, por exemplo.

De acordo com o texto aprovado pela Câmara Municipal em 10 de dezembro de 2019, fica proibido o fornecimento de copos, pratos, talheres, pazinhas de sorvete e para misturar bebidas, entre outros itens, que sejam descartáveis e feitos de material plástico. A legislação também se aplica aos espaços para festas infantis, clubes noturnos, salões de dança, eventos culturais e esportivos de qualquer espécie.

As penalidades para quem não obedecer as novas regras vão de advertência e intimação para regularizar a atividade (após a primeira autuação) até multa e fechamento administrativo do estabelecimento (após sexta autuação).

Segundo estimativas da prefeitura, os plásticos correspondem a 17% dos resíduos que vão para aterros sanitários.

No mundo, a quantidade de plástico que chega aos oceanos anualmente paira em 10 milhões de toneladas. Estimativas dão conta de que 100 mil animais marinhos morrem todos os anos em decorrência da contaminação de plástico nos oceanos. Segundo pesquisa da Universidade de Queensland, na Austrália, mais da metade das tartarugas do mundo já ingeriram plástico.

Cerca de oito milhões de toneladas do produto são despejadas nos oceanos anualmente, segundo estudo de pesquisadores da Universidade da Georgia, o equivalente ao despejo nos mares do conteúdo de um caminhão de lixo por minuto.

Com informações da Veja e Folha De S. Paulo