+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Organizações mundiais de Justiça Climática assinam o Acordo de Glasgow

Nesta segunda-feira, dia 16 de novembro, a luta pela justiça climática inicia um capítulo importante: mais de 70 organizações de todo o mundo assinarão o Acordo de Glasgow, assumindo o compromisso de criar planos nacionais para alcançar cortes de 50% nas emissões de gases de efeito estufa até 2030.

O acordo será assinado por organizações de mais de 30 países e 5 continentes diferentes, às 12h, tanto offline como online, na iniciativa “From the Ground Up” da Coalizão COP26.

A Arayara é uma das três instituições representando o Brasil na iniciativa, que conta com mais de 50 organizações de mais de 20 países e 3 continentes diferentes.

Há uma necessidade urgente de ação climática por parte de nossos governos? Sim, são suas responsabilidades. Mas não dá mais para continuar aguardando decisões institucionais e burocratizadas.

Assim, o Acordo de Glasgow visa retomar a iniciativa de governos e instituições internacionais sobre ação climática.

Um compromisso da sociedade civil com a mudança

Essas organizações se comprometem com o uso adequado de táticas para conseguir alcançar metas concretas e reconfigurar a economia que os governos e as instituições internacionais fracassaram totalmente em realizar.

O Acordo de Glasgow, que pode ser lido aqui, foi elaborado durante 2020 por várias organizações de todo o mundo.

Ao assinar este acordo, o movimento de justiça climática assume a necessidade de cortar coletivamente as emissões de gases de efeito estufa por meio de uma estrutura política de justiça climática.

Para alcançar esses cortes necessários, as organizações irão produzir inventários territoriais dos principais setores e emissores de gases de efeito estufa e projetos futuros.

A partir disso, eles vão criar uma agenda climática com prioridades de ação para desligamento, transformação e justiça social.

Globalmente, o Acordo de Glasgow propõe a criação de uma agenda climática mais ampla, baseada em prioridades territoriais, para o movimento pela justiça climática.

Cooperação entre organizações mundiais pela justiça climática

Nacional e internacionalmente, as organizações do Acordo de Glasgow apoiarão umas às outras com táticas e conhecimento, a fim de cumprir as agendas climáticas locais e globais.

Entre as mais de 70 organizações inscritas, você pode encontrar nomes como ATTAC Maroc (Marrocos), Justiça Ambiental (Amigos da Terra em Moçambique), Earthlife África (África do Sul), Fridays For Future Uganda, Jovenes por el Clima (Fridays for Future Argentina), Plataforma Bolivariana frente al Cambio Climatico (Bolívia), Arayara (Brasil), MOCICC – Movimiento Ciudadano frente al Cambio Climático (Peru), Alianza Mexicana contra el fracking (México), Make Rojava Green Again (Rojava, norte da Síria), Youth Advocates for Climate Action (Filipinas), Youth for Climate France, An Taisce (Irlanda), Climáximo (Portugal), Divest Strathclyde (Escócia), Ecologistas en Acción (Espanha), Climatestrike Suíça, Code Rood e Extinction Rebellion NL (Holanda ), Global Justice Now (Reino Unido) ou XR Cymru (País de Gales).

Três meses após a assinatura do Acordo de Glasgow, os membros terão produzido seu primeiro inventário nacional dos principais emissores de gases de efeito estufa e futuros projetos que aumentem as emissões, a fim de criar a agenda climática correspondente.

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Surfistas na COP 30: a luta pelo clima desde o oceano e as pororocas

Roda de conversa no ARAYARA Amazon Climate Hub reflete sobre o surf enquanto forma de observação crítica e expressão cultural das relações entre as pessoas e o mar.   A rede EcoSurf, em parceria com a Associação Alternativa Terrazul realizou, na tarde de hoje (11), no Pátio Yard do Amazon Climate Hub,  roda de conversa Diálogos da Floresta e do

Leia Mais »

Autoproteção e Aliança: Lideranças Indígenas da América Latina se defendem em autogestão

A necessidade de fortalecer a autonomia e a autoproteção indígena diante da crise climática e da violência territorial foi o tema central do evento “Justiça Climática e Autonomia Indígena: Integrando a Defesa Territorial, a Proteção e as Estratégias de Resiliência nas Políticas Globais e Nacionaisl”, realizado no ARAYARA Amazon Climate Hub, nesta terça-feira (11). Organizado pela Alianza Latinoamericana de Defensores

Leia Mais »

MPF e comunidades tradicionais discutem a exploração do petróleo na Foz do Amazonas

Ministério Publico Federal promoveu nesta terça-feira (11/11), com a participação de procuradores, uma mesa de discussões sobre a exploração do petróleo na Foz do Amazonas. O evento, paralelo à COP30, reuniu o cacique Raoni, a líder indígena Luene Karipuna e o vários representantes de etnias do norte Pará e Amapá. Os debates foram acalorados, com posicionamento potente de Raoni e

Leia Mais »

“Da Resistência à Justiça”: especialistas e lideranças regionais discutem futuro energético no Caribe e na América Latina

O ARAYARA Amazon Climate Hub sediou, na tarde desta terça-feira (11), o evento “Da Resistência à Justiça: O Futuro Energético do Caribe e da América Latina”, reunindo organizações e lideranças regionais para debater os desafios e caminhos para uma transição energética justa diante da crescente expansão das atividades de petróleo e gás no Caribe e América Latina. O painel também

Leia Mais »