+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Nova versão do Monitor Amazônia Livre de Petróleo e gás revela dados inéditos e funcionalidades ampliadas

O Instituto Internacional ARAYARA anunciou uma nova atualização do Monitor Amazônia Livre de Petróleo, plataforma digital que reúne dados sobre a expansão da exploração de petróleo e gás em uma das regiões mais biodiversas e sensíveis do planeta: a Amazônia.

A ferramenta, que já era referência em transparência ambiental, ganhou agora novas funcionalidades que ampliam sua capacidade de análise sobre a fronteira fóssil no Brasil. Uma das principais novidades é a atualização da base de dados com todos os blocos exploratórios em vigor no território nacional, incluindo os mais recentes lançamentos da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Além disso, a plataforma passa a contar com novos filtros de visualização: um específico para os blocos situados na Margem Equatorial Brasileira — zona costeira de altíssima sensibilidade socioambiental — e outro que permite identificar blocos sobrepostos a Áreas Protegidas, conforme os dados da base global WDPA (World Database on Protected Areas).

Outra melhoria relevante foi a integração dos limites oficiais da Área do Pré-Sal, o que amplia o escopo de análise sobre os riscos das atividades offshore e seus impactos nos ecossistemas marinhos.

Acesse o Monitor Amazônia Livre de Petróleo e Gás e explore suas funcionalidades.

Dados que geram impacto

Segundo George Mendes, Gerente de Geociências, Geomática e Clima da ARAYARA, a atualização dos dados revela um cenário ainda mais preocupante. “É alarmante o número de blocos que avançaram para a fase de estudo nas bacias de Pelotas e do Amazonas, evidenciando uma pressão crescente sobre áreas de altíssima relevância ecológica e climática”, alerta.

Com base nas informações do Monitor, a ARAYARA elaborou estudos técnicos que foram decisivos para impedir a assinatura de contratos de exploração de petróleo na Amazônia durante o 4º Ciclo de Oferta Permanente da ANP, em 2023 — uma vitória significativa na defesa do bioma.

No 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, também promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), apenas 34 dos 172 blocos ofertados foram arrematados — uma adesão de cerca de 20%, considerada mais uma conquista dos movimentos socioambientais. Em termos de território, o resultado representa uma preservação expressiva: dos 145.597,8 km² em oferta, aproximadamente 117 mil km² permaneceram livres da exploração.

Nova versão

O novo Monitor Amazônia Livre de Petróleo permite que qualquer pessoa — ativistas, pesquisadores, tomadores de decisão ou cidadãos interessados — visualize, em tempo real, os riscos que ameaçam o bioma amazônico, tanto em terra quanto no mar.

A plataforma é gratuita, será atualizada periodicamente e conta com o apoio de uma rede de parceiros nos nove países que compõem a Pan-Amazônia.

 

 

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Petróleo na Amazônia: deputados e sociedade civil discutem custos sociais e ambientais

A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados promoveu, nesta quinta-feira (9), um debate sobre os impactos da exploração de petróleo no desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Diante da recente negativa do Ibama ao plano da Petrobras de resgate de fauna, a pauta da prospecção na Foz do Amazonas foi objeto de críticas sinérgicas da sociedade civil e parlamentares à

Leia Mais »

Após 12 anos, Brasil inicia etapa setorial de conferência sobre desenvolvimento rural sustentável e solidário

Entre os dias 1º e 3 de outubro, o Instituto Internacional ARAYARA participou da etapa setorial da 3ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, realizada em Brasília. O evento, organizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) e promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar (MDA), marca o retorno da conferência 12 anos após

Leia Mais »