+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Congresso Brasileiro Mulheres da Energia lança carta histórica em defesa de uma transição energética justa rumo à COP30

O 4º Congresso Brasileiro Mulheres da Energia, realizado no Teatro Santander, em São Paulo, nesta segunda-feira (25), reuniu lideranças femininas do setor energético, acadêmicas, empresárias, parlamentares, representantes comunitárias e organizações da sociedade civil em um dos maiores fóruns do gênero na América Latina. O encontro resultou no lançamento da Carta das Mulheres da Energia para a COP30, um documento histórico que consolida compromissos para que a transição energética seja justa, inclusiva e participativa, garantindo que ninguém fique para trás diante dos desafios climáticos globais.

O texto reconhece a COP30, que acontecerá em Belém do Pará, como um marco decisivo para o cumprimento do Acordo de Paris e aponta a urgência de unir forças para assegurar uma transição que una ciência, justiça social e coragem política. A colaboradora do Instituto Internacional ARAYARA Hirdan Costa, que também integra o departamento de Transição Energética da instituição, esteve presente e assinou a referida carta-compromisso. 

Compromissos assumidos na Carta:

1-Institucionalizar a voz das mulheres e a diversidade de gênero e raça na COP30, garantindo esta presença nos espaços de decisão, delegações e grupos de trabalho.

2-Criar mecanismos permanentes para que redes femininas participem da formulação e monitoramento das políticas energéticas e climáticas, com foco na descarbonização e na democratização do acesso à energia.

3-Participar ativamente da construção de políticas climáticas e energéticas, adotando metodologias de coleta e monitoramento de dados, com metas transparentes e relatórios públicos sobre a inserção e permanência de mulheres em posições técnicas e de liderança.

4-Atuar junto a associações setoriais, fornecedores de tecnologia, instituições de pesquisa e governos para ampliar as oportunidades e o reconhecimento das mulheres no setor eletroenergético.

5-Combater a pobreza energética com enfoque em justiça de gênero e de raça, levando energia limpa e acessível a territórios periféricos, comunidades tradicionais, áreas rurais e populações vulneráveis.

6-Inspirar, motivar e capacitar meninas e mulheres para a nova economia verde, criando programas nacionais e internacionais de qualificação técnica, inclusão produtiva e promoção da liderança feminina.

7-Trabalhar pela modernização do setor elétrico brasileiro, priorizando alternativas mais limpas, eficientes e acessíveis, a descarbonização da matriz, tecnologias descentralizadas, digitalização das redes, democratização do acesso e maior participação social nas decisões energéticas.

A carta foi assinada por redes, organizações, lideranças femininas e autoridades comprometidas com a equidade de gênero, de raça e a governança climática, enviando ao mundo uma mensagem clara: o Brasil está pronto para liderar uma transição energética baseada em ciência, justiça social e diversidade.

De acordo com Hirdan Costa, a Carta das Mulheres da Energia é um chamado à ação para que a transição energética seja feita com equidade de gênero, garantindo a justiça social e ambiental. “É fundamental que nós, mulheres, estejamos no centro desse processo, para que a tão necessária transição justa não deixe ninguém para trás.” – comenta a colaboradora da Arayara e Phd em Energia, Hirdan Costa.

Na foto, Hirdan Costa (d) e sua primeira aluna de doutorado (e).

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Instituto ARAYARA participa do Podcast do Correio Braziliense sobre “Os riscos da nova lei de licenciamento ambiental e de usina termelétrica no DF

John Wurdig e Kerlem Carvalho destacaram pontos importantes do PL da Devastação e os riscos de seguir com a expansão da exploração de combustíveis fósseis no país. O Instituto Internacional ARAYARA esteve presente no episódio #216 do Podcast do Correio Braziliense, representado pelo Gerente de Transição Energética, John Wurdig, e pela Coordenadora de Oceanos, Kerlem Carvalho. A conversa, conduzida pelos

Leia Mais »

Arayara acompanha entrega de relatório para proteger a Foz do Amazonas de ameaças do petróleo

Estudo entregue ao MMA propõe Instituto Nacional da Foz do Amazonas e áreas marinhas protegidas como condição mínima antes de qualquer avanço na exploração de petróleo em uma das regiões mais sensíveis e biodiversas do planeta. O Instituto Internacional ARAYARA participou, nesta quarta-feira (20), do lançamento do relatório “Cenários Estratégicos para a Ampliação do Conhecimento Científico e Proteção da Biodiversidade

Leia Mais »

Sociedade civil participa de audiência da Câmara sobre racismo ambiental e justiça climática

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados promoveu, ontem (19), uma audiência pública para debater racismo ambiental e justiça climática. O encontro, solicitado pelo deputado Nilto Tatto (PT-SP), contou com a presença de representantes do governo, especialistas e movimentos sociais, além do Instituto Internacional ARAYARA. Nilto Tatto destacou a criminalização da população negra e indígena

Leia Mais »

COP30 em Belém terá 30% da alimentação vinda da agricultura familiar

Regra inédita pode movimentar R$ 3,3 milhões na economia rural e promover modelo alimentar sustentável Pela primeira vez na história, a Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP) terá uma regra específica para a alimentação dos participantes. A COP30, que acontecerá em Belém, no Pará, em novembro de 2025, exigirá que pelo menos 30% dos ingredientes utilizados na

Leia Mais »