por Nicole Oliveira | 29, jan, 2020 | Mundo, ONU |
A Organização das Nações Unidas (ONU) está desenvolvendo um plano de ação que visa o cumprimento de metas ambiciosas até 2030 para evitar a sexta extinção em massa, revela o The Guardian.
De acordo com o relatório preliminar da ONU, a humanidade comprometeu os recursos naturais de que depende para sobreviver. Além de exigir um compromisso pela proteção de pelo menos 30% do planeta, o plano de 20 pontos visa, por exemplo, a redução de 50% da poluição por resíduos plásticos.
A versão final do documento, elaborado pela Convenção Sobre Diversidade Biológica, deverá ser adotado pelos governos em outubro, durante a próxima cimeira das Nações Unidas sobre o clima em Kunming, na China. Este acordo faz parte de uma estratégia internacional a longo prazo que visa garantir que a conservação e sustentabilidade da biodiversidade até 2050.
«Se quisermos ficar abaixo de 1,5 graus, evitar a extinção de um milhão de espécies e o colapso do nosso sistema de suporte de vida, precisamos de proteger a nossa natureza e assegurar que pelo menos 30% das nossas terras e oceanos estejam protegidos até 2030», alerta Enric Sala, explorador-residente da National Geographic e co-autor do Acordo Global pela Natureza.
por Nicole Oliveira | 29, jan, 2020 | Mundo, ONU |
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) reforçou nos últimos dias o alerta sobre a proliferação de gafanhotos que atinge áreas rurais em países do leste africano, como Etiópia, Quênia e Somália. Em comunicado recente, a instituição manifesta preocupação com a possibilidade de a praga se espalhar por outros países, se não for feito um controle eficiente.
“Tornou-se uma situação de dimensões internacionais que ameaça a segurança alimentar de toda essa sub-região”, afirmou o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, no comunicado, acrescentando que a instituição tem adotado mecanismos de ação coletiva para lidar com o que chama de crise.
Na avaliação da FAO, a situação atual é sem precedentes. Segundo a agência das Nações Unidas, as nuvens de gafanhotos podem ter milhões de insetos e conseguem se mover por cerca de 150 quilômetros em um dia. A avaliação é de que o clima na região leste da África favorece a reprodução dos insetos, cuja infestação está maior e mais rápida que a capacidade das autoridades de lidar com o problema.
Ainda conforme a agência, considerando o tamanho das nuvens, o controle aéreo é a única maneira efetiva de se reduzir a população de gafanhotos. Essas operações precisam aumentar rapidamente na Etiópia e no Quênia. Nas estimativas mais conservadoras da FAO, são necessários cerca de US$ 70 milhões para controlar a praga e garantir a subsistência nos países mais afetados.
“As comunidades da África Oriental já têm sido afetadas por longas secas, que comprometeram sua capacidade de produzir alimentos e viver. Precisamos ajudá-las a se reerguer assim que os gafanhotos irem embora”, diz Dongyu.
Em um vídeo postado nas redes sociais da FAO, o diretor de emergências da instituição, Dominique Burgeon, reforça o alerta e a necessidade de ação. “Estamos em uma região onde 11 milhões de pessoas estão sob a ameaça de insegurança alimentar. Portanto, temos que fazer todos os esforços possíveis”, diz ele, em Lengusaka, no Quênia.
Fonte: Globo Rural
por Nicole Oliveira | 28, jan, 2020 | Energia limpa, Mundo |
Mar e praia geralmente pressupõem vento, certo? Em alto mar, o vento é ainda mais forte e pode ser um grande aliado na transição energética através da energia eólica offshore.
Mas o que é energia eólica offshore? Nada mais é que a implantação de turbinas eólicas em alto mar, onde o possui uma velocidade intensa e constante, elevando a produção de eletricidade.
A energia eólica offshore tem atraído o interesse dos principais promotores de projetos eólicos, pois a produção de eletricidade é maximizada pela instalação de turbinas eólicas de potências significativamente superiores aos projetos terrestres, o que faz com que sejam alcançados custos de manutenção por MW inferiores.
Outra grande vantagem dos projetos offshore é a caraterística do vento que se baseia em velocidades constantes sendo possível explorar esse recurso de forma bastante eficiente.
Atualmente, mais de 80 países que hoje usam a energia eólica como recurso para produção de eletricidade. Os países têm investido muito em energias renováveis e a energia eólica tem sido a mais procurada e usada em boa parte do mundo. Seu crescimento anual estimado é de 25%.
por Nicole Oliveira | 28, jan, 2020 | Carvão Mineral, Energia limpa, Mundo, Transição energética |
A organização ambiental Scottish Renewables elaborou um relatório para acompanhar o progresso das energias renováveis na Escócia. Com base em dados reportados em 2018, o país utilizou energia renovável em 76% de todo o seu consumo de eletricidade. A porcentagem deverá continuar aumentando e chegará a 100% em breve.
A Escócia está abandonando rapidamente o uso de combustíveis fósseis em função das mudanças climáticas. A última usina de carvão escocesa foi fechada em 2016. Resta apenas uma fonte de energia a partir de combustíveis fósseis no país, uma usina a combustão de gás em Aberdeenshire (embora mais duas usinas de turbinas a gás tenham construção prevista).
A Escócia vem substituindo toda essa energia poluente por renováveis. Na primeira metade do ano passado, as turbinas eólicas da Escócia forneceram energia o bastante para abastecer todas as residências do país, além de milhões de casas no norte da Inglaterra, de acordo com o WWF escocês.
O Reino Unido estabeleceu a meta de zerar suas emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050, mas a Escócia quer ser mais rápida. A meta do país é de chegar a zero até 2045, com uma redução de 75% dos níveis de 1990 já em 2030. O objetivo é zerar as emissões de todos os gases do efeito estufa, não apenas o dióxido de carbono.
Na contramão
Enquanto isso, no sul do Brasil, investidores querem construir a maior mina de exploração de carvão da América Latina. É a Mina Guaíba.
Com informações do Olhar Digital
CARVÃO AQUI NÃO
Diga não ao carvão! Assine nossa petição:
https://campanhas.arayara.org/carvaoaquinao
ENERGIA SOLAR SEM TAXAÇÃO
Assine a petição e defenda a energia solar sem taxação:
https://campanhas.arayara.org/energiasolarsemtaxacao
por Nicole Oliveira | 28, jan, 2020 | Mudanças Climáticas, Mundo |
A ativista Vanessa Nakate, 23 anos, que atua em Kampala, capital de Uganda, teve sua imagem cortada em uma fotografia de jovens que protestam contra a crise do clima publicada na última sexta-feira (24) pela agência de notícias americana Associated Press.
Nakate era única negra na foto, que tinha a adolescente sueca Greta Thunberg e outros ativistas cobrando, em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, medidas que freiem as mudanças climáticas.
A AP foi acusada de racismo e Nakate recebeu apoio de diversos lugares do mundo. A ativista americana Jamie Margolin, filha de colombianos, acusou a imprensa de “apagar consistentemente” jovens não brancos ao cobrir o ativismo climático. Além do racismo, ativistas afirmam que a foto recortada é o retrato da forma como o movimento tem sido retratado: de forma imprecisa. O movimento contra as mudanças climáticas é de todos os gêneros, credos e raças, é plural, é diverso.
No Twitter, Nakate publicou um vídeo no qual compartilhou sua experiência em Davos e o que sentiu quando viu que sua imagem havia sido removida da foto com os colegas. “É a primeira vez na minha vida que entendo a definição da palavra racismo”, disse a ativista, que faz protestos por ação climática em Uganda desde o início de 2019.
Os jovens africanos estão entre os mais afetados pela mudança climática, afinal, eles vivem em países menos preparados para lidar com os tipos de desastres. Vanessa Nakate tornou-se a primeira jovem a organizar as greves pelo clima em Uganda, em janeiro de 2019.
Após as críticas, a Associated Press lamentou o caso, removeu a foto cortada e afirmou que não teve “má intenção”. O diretor de fotografia da agência, David Ake, disse que o fotógrafo responsável pela imagem estava trabalhando com pressa e que fez o corte por motivos de composição — havia um prédio considerado distrativo atrás de Nakate.
Leia mais em reportagem especial do Nexo.
por Nicole Oliveira | 27, jan, 2020 | Economia Verde, Mundo |
No Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos, na Suíça, um dos pontos mais discutidos, surpreendentemente, tem envolvido as mudanças climáticas, as declarações da ativista Greta Thunberg e o fim do uso e exploração dos combustíveis fósseis. Em função dessas discussões, China e boa parte dos países da União Europeia, têm falado muito no que chamamos de “Green Economy” ou “capitalismo verde”. Com as discussões em Davos, o mercado financeiro e as bolsas de valores serão muito impactados nos próximos tempos.
Para entender
Hoje, o plástico está em praticamente tudo. Mas você lembra quando aconteceu a entrada do plástico no seu dia a dia? E quando o mundo começou a discutir o fim do uso dos canudinhos e copos plásticos? Difícil precisar as datas, né?
O mesmo deve acontecer com a Green Economy. Em pouco tempo pessoas do mundo inteiro passarão a questionar a origem dos produtos que consomem. A empresa polui? Há plástico sendo vendido e consumido? A empresa responsável pelo produto tem ações voltadas à proteção do meio ambiente? Sua linha de produção utiliza combustíveis fósseis ou usa energia limpa? Eles respeitam os direitos humanos?
Toda mudança gera turbulência. Não será diferente com a Green Economy. Mas uma coisa é certa: o futuro do capitalismo, das sociedades e das gerações vindouras está diretamente à economia verde (apesar de governos lobby da indústria fóssil e outras mais).
Você pode começar desde já!