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Convenção histórica contra a poluição plástica global pode ser negociada em evento previsto para o fim do ano, na Coréia

Convenção histórica contra a poluição plástica global pode ser negociada em evento previsto para o fim do ano, na Coréia

O Instituto Internacional Arayara participou do Webinar Plastics Treaty Talks, um painel virtual no contexto dos Diálogos de Genebra sobre Poluição Plástica, evento co-organizado pelo Instituto pelo Desenvolvimento Sustentável (IISD) e a Rede Ambiental de Genebra (Geneva Environment Network). Intitulado “Estrada Para Busan: Conversas do Tratado do Plástico – Atualizações e a Linha de Chegada à Vista”, reuniu embaixadores, acadêmicos, membros de governos, organizações da sociedade civil e representantes do setor privado.

O encontro teve o objetivo de apresentar uma visão geral da sessão final do Comitê Intergovernamental de Negociações da Organização das Nações Unidas (ONU), dedicada ao desenvolvimento de uma convenção internacional para frear a proliferação da poluição plástica, incluindo no ambiente marinho (INC-5). A sessão está prevista para acontecer entre 25 de novembro e 1º de dezembro de 2024, em Busan, na República da Coreia.

Para o diretor técnico da ARAYARA, Juliano Bueno de Araújo, o encontro representa uma oportunidade crucial para que países, tanto os maiores responsáveis pela poluição quanto os mais afetados por seus impactos, cheguem a um acordo sobre o documento dessa nova norma internacional e assinem a futura convenção.

“A assinatura será um marco simbólico importante. Uma vez que os países ratifiquem a convenção, estarão vinculados legalmente a ela, assumindo a responsabilidade de implementar suas diretrizes e podendo ser responsabilizados, caso não cumpram as normas estabelecidas”, esclarece Araújo

Caminhos para combater a poluição plástica

Durante o painel, os especialistas destacaram a importância de uma abordagem ampla e integrada para combater a poluição plástica, que inclua desde o descarte correto até a reformulação de toda a cadeia produtiva. Foram defendidas ações como o desenvolvimento de economias circulares, o redesenho de produtos e a implementação de mecanismos de rastreabilidade e transparência. Contudo, ainda há divergências entre os países quanto a essa abordagem.

Um ponto de destaque nas discussões foi a intervenção de Magalang, Chefe de Gestão Ambiental do Departamento de Meio Ambiente e Recursos Naturais das Filipinas, que apontou possíveis desdobramentos críticos nas negociações. Ele prevê que, diante de divergências, poderão ser elaboradas duas convenções: uma focada na redução da produção de plásticos e outra direcionada exclusivamente ao descarte.

Renata Prata, Assistente da Diretoria Executiva da ARAYARA, ressaltou um avanço importante nas discussões quanto ao consenso em torno dos impactos do plástico sobre a saúde humana. No entanto, ela expressou preocupação com a falta de foco sobre o papel do petróleo no debate. “A eliminação do plástico derivado do petróleo é uma medida urgente para mitigar a crise climática e os países que se encaminham para Busan devem assumir o compromisso de pôr fim à produção de plástico de origem fóssil”, defendeu Renata.

À medida que as negociações se aproximam, Busan tem o potencial de se tornar o cenário de uma decisão histórica na luta global contra a poluição plástica, ressalta Araújo. “O desfecho desse encontro pode não apenas transformar as políticas de preservação ambiental, mas também influenciar significativamente as estratégias climáticas em escala mundial”.

Renewable energies are a major economic breakthrough for the global energy sector

Renewable energies are a major economic breakthrough for the global energy sector

In the midst of the fossil fuel crisis, renewable energy generation in 2022 was responsible for saving 520 billion dollars

 

In a report released today, August 29, by the International Renewable Energy Agency (IRENA), the world was given further proof of what civil society has been announcing for years: renewable energy is the way to reduce spending on electricity generation and mitigate the effects of the climate emergency.

The IRENA document is called “Renewable energy generation costs in 2022”. It provided data proving that approximately 86% of all newly commissioned renewable capacity for the year – around 187 gigawatts – had lower costs than electricity produced by fossil fuels. The report revealed that the global energy sector has saved 520 billion dollars in fuel costs thanks to renewable energy.

The world is going through a crisis related to non-renewable fuels. Countries are witnessing constant increases in spending on obtaining these resources and on the materials needed to work with the entire fossil fuel chain. Without the adoption of renewable energy generation, many nations would experience serious financial crises trying to overcome the impacts of high prices.

Francesco La Camera, Director General of IRENA, believes that 2022 represents a turning point in the implementation of renewable energies. According to him, they have never been as competitive in the market as they are now. In an analysis of the weighted average cost of electricity, the report shows that utility-scale solar energy fell by 3% and concentrated solar by 2%. Onshore wind, bioenergy and geothermal energy also fell by 5%, 13% and 22% respectively.

Renewable energy generation costs in 2022 show that the era of fossil fuels is over. The world already has more advanced technologies for producing electricity. With renewable sources, energy bills are falling and negative impacts on the world are being reduced.

Renewable energies are a major economic breakthrough for the global energy sector

Setor energético mundial tem grande avanço econômico com energias renováveis

Em meio a crise dos combustíveis fósseis, geração de energia renovável em 2022 foi responsável pela economia de 520 bilhões de dólares

 

Em relatório divulgado hoje, 29 de agosto, pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), o mundo teve mais uma prova do que a Sociedade Civil já anuncia há anos: a energia renovável é o caminho para a redução dos gastos com geração de eletricidade e para a mitigação dos efeitos da emergência climática.

O documento da IRENA se chama “Custos de geração de energia renovável em 2022”. Ele trouxe dados comprovando que aproximadamente 86% de toda a capacidade renovável recém-comissionada do ano – cerca de 187 gigawatts – teve custos mais baixos que a energia elétrica produzida por combustíveis fósseis. O relatório trouxe a público que o setor energético global poupou 520 bilhões de dólares nos gastos com combustível graças à energia renovável.

O mundo vem passando por uma crise relacionada aos combustíveis não renováveis. Os países presenciam constantes aumentos nos gastos com a obtenção desses recursos e com os materiais necessários para trabalhar com toda a cadeia dos combustíveis fósseis. Sem a adoção da geração de energia renovável, muitas nações passariam por graves crises financeiras para tentar superar os impactos dos preços elevados.

Francesco La Camera, diretor geral da IRENA, acredita que 2022 representa uma virada de chave na implementação de energias renováveis. Segundo ele, elas nunca tiveram tanta competitividade de mercado como têm agora. Em análise do custo médio ponderado da electricidade, o relatório traz que a energia solar em escala de utilidade teve queda de 3% e a solar concentrada, 2%. Alem disso, as energias eólica onshore, bioenergia e geotérmica tiveram quedas de 5%, 13% e 22% respectivamente.

Custos de geração de energia renovável em 2022 mostra que a era dos combustíveis fósseis já foi. O mundo já conta com tecnologias mais avançadas para a produção de eletricidade. Com as fontes renováveis, a fatura de energia cai e os impactos negativos no mundo são reduzidos.

O que você precisa saber sobre os vazamentos do gasoduto Nord Stream

O que você precisa saber sobre os vazamentos do gasoduto Nord Stream

Pontos Chave

  • Dois oleodutos submarinos que ligam a Rússia à Alemanha estão no centro da intriga internacional depois que uma série de explosões causou o que pode ser a maior liberação de metano da história.
  • Muitos na Europa suspeitam que o incidente foi resultado de um ataque, principalmente porque ocorreu durante um amargo impasse energético entre a União Europeia e a Rússia.
  • O Kremlin rejeitou repetidamente as alegações de que destruiu os oleodutos, chamando tais alegações de “estúpidas” e “absurdas”.

 

Cientistas do clima descreveram as imagens chocantes de gás expelido na superfície do Mar Báltico como uma “liberação imprudente” de emissões de gases de efeito estufa que, se deliberadas, “constituem um crime ambiental”. Agência Anadolu | Agência Anadolu | Getty Imagens 

Dois oleodutos submarinos que ligam a Rússia à Alemanha estão no centro da intriga internacional depois que uma série de explosões causou o que pode ser a maior liberação de metano da história – e muitos suspeitam que foi o resultado de um ataque.

Uma investigação inicial da cena do crime na semana passada sobre o que causou os vazamentos de gás nos oleodutos Nord Stream 1 e 2 reforçou as suspeitas de “ sabotagem grosseira ”.

À medida que as investigações continuam, muitos na Europa suspeitam que o incidente foi resultado de um ataque, principalmente porque ocorreu durante um amargo impasse energético entre a União Europeia e a Rússia.

O Kremlin rejeitou repetidamente as alegações de que destruiu os oleodutos, chamando essas alegações de “estúpidas” e “absurdas”, e alegando que são os EUA que mais têm a ganhar com os vazamentos de gás.

A Casa Branca negou qualquer envolvimento no ataque suspeito.

 

O que aconteceu?

Em 26 de setembro, uma enxurrada de detonações em dois oleodutos submarinos que ligam a Rússia à Alemanha lançou gás na superfície do Mar Báltico . As explosões provocaram quatro vazamentos de gás em quatro locais – dois na zona econômica exclusiva da Dinamarca e dois na zona econômica exclusiva da Suécia.

A magnitude dessas explosões foi medida em 2,3 e 2,1 na escala Richter, respectivamente, disseram autoridades suecas e dinamarquesas, e provavelmente correspondiam a uma carga explosiva de “várias centenas de quilos”.

Nenhum dos oleodutos Nord Stream estava transportando gás no momento das explosões, embora ambos contivessem metano pressurizado – um potente gás de efeito estufa.

Notavelmente, a assinatura do gás borbulhando na superfície do Mar Báltico pode ser vista do espaço .

 

Uma imagem de satélite do vazamento do Nord Stream no Mar Báltico, capturada em 26 de setembro de 2022. Planet.

Cientistas do clima descreveram as imagens chocantes do metano em erupção como uma “liberação imprudente” de emissões de gases de efeito estufa que, se deliberadas, “constituem um crime ambiental”.

Na época, as forças armadas da Dinamarca disseram que imagens de vídeo mostraram que o maior vazamento de gás criou uma perturbação na superfície de aproximadamente 1 quilômetro (0,62 milhas) de diâmetro, enquanto o menor vazamento causou um círculo de aproximadamente 200 metros.

Os gasodutos Nord Stream tornaram-se um ponto focal de tensões entre a Rússia e a Europa nos últimos meses, com Moscou acusada de armar suprimentos de gás em uma tentativa de obter alívio das sanções em meio ao ataque na Ucrânia.

 

Quem é o culpado?

O serviço de segurança nacional da Suécia disse na quinta-feira que as detonações causaram “danos extensos” aos oleodutos e “fortaleceram as suspeitas de sabotagem grosseira”.

O Serviço de Segurança da Suécia disse que algumas apreensões foram feitas, sem oferecer mais detalhes, e que agora serão revisadas e analisadas.

“A investigação preliminar contínua deve mostrar se alguém pode ser acusado de suspeita e posteriormente processado”, disse o Serviço de Segurança da Suécia.

A promotoria sueca disse em um comunicado separado que a área não estava mais isolada.a

A União Europeia alertou que qualquer ataque deliberado à infraestrutura energética europeia seria recebido com a “resposta mais forte possível”, chamando o que suspeita ser um ataque intencional de “totalmente inaceitável”.

A maioria dos governos ocidentais parou de apontar o dedo diretamente para a Rússia , enquanto o Kremlin tentou colocar a culpa no Ocidente.

O presidente dos EUA, Joe Biden, descreveu as explosões nos oleodutos Nord Stream como um “ato deliberado de sabotagem” no final do mês passado, dizendo que Washington estava trabalhando com seus aliados para descobrir exatamente o que aconteceu.

Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia, disse em uma conferência em Paris no mês passado que era “muito óbvio” quem era o responsável pelos vazamentos de gás, informou a Reuters . Ele não disse quem era, no entanto.

A Rússia negou ser responsável pelos vazamentos de gás. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse em um briefing na quinta-feira que tais alegações eram “absurdas”, segundo a agência de notícias Tass .

Zakharova enfatizou o “enorme investimento” que o Kremlin fez no projeto de infraestrutura e atacou o Ocidente por impedir Moscou de participar das investigações.

 

Impacto ambiental

Os vazamentos de gás inexplicáveis ​​do Nord Stream levantam sérias questões sobre o impacto ambiental do incidente.

Cientistas do clima reconheceram após o evento que era difícil quantificar com precisão o tamanho exato das emissões e disseram que os vazamentos são uma “bolha pequenina no oceano” em comparação com as enormes quantidades de metano emitidas em todo o mundo todos os dias.

O metano é  84 vezes mais potente que o carbono  e não dura tanto tempo na atmosfera antes de se decompor. Isso o torna um  alvo crítico para combater rapidamente as mudanças climáticas e  , ao mesmo tempo, minimizar outras emissões de gases de efeito estufa.

 

“Foi um ato deliberado e, na minha opinião, pode estar ligado à pressão por provocações constantes do Kremlin”, disse a ministra da Energia espanhola, Teresa Ribera, a repórteres no mês passado, segundo a Reuters. Europa Imprensa Notícias | Imprensa Europa | Imagens Getty

Estima-se que os dois oleodutos Nord Stream continham gás suficiente para liberar 300.000 toneladas de metano – mais que o dobro da quantidade liberada pelo vazamento de Aliso Canyon em 2015 na Califórnia , a maior liberação conhecida de metano na história dos EUA.

Embora isso signifique que pode ser uma das maiores liberações únicas de metano, o incidente não é nada em comparação com as cerca de 70 milhões de toneladas de metano emitidas pela indústria de petróleo e gás a cada ano .

A Agência Espacial Europeia estimou que o vazamento de emissões dos gasodutos Nord Stream foi aproximadamente equivalente a um dia e meio de emissões globais de metano.

No entanto, ativistas ambientais argumentaram que o incidente serve como mais um lembrete dos riscos associados à infraestrutura de combustíveis fósseis.

— Emma Newburger, da CNBC, contribuiu para este relatório.

Publicado originalmente em 11 De Outubro De 2022 por Sam Meredith