+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

ARAYARA NA MÍDIA | Apenas 7% das prefeituras gaúchas participaram dasetapas municipais da Conferência Nacional do MeioAmbiente

Apenas 7,4% das prefeituras gaúchas participaram da etapa municipal da 5ªConferência Nacional do Meio Ambiente. Isso representa 37 de 497 cidades do RioGrande do Sul. Os encontros antecedem o evento estadual, que ocorrerá entre 12 e 13de março, e o nacional, que ocorrerá em maio em Brasília (DF).

 

O levantamento é do Instituto Internacional Arayara, uma organização da sociedadecivil sem fins lucrativos que envolve cientistas, gestores urbanos, engenheiros,urbanistas e ambientalistas do Brasil. O gerente de Transição Justa e Sustentável daArayara, engenheiro ambiental John Wurdig, cita algumas impressões sobre a baixaadesão:

— Primeiro, falta de informação. Segundo, a convocação sai em agosto, mas amobilização mesmo no município sai no fim do ano, muito próximo das eleições, entãomuitas prefeituras trocaram o seu administrador. E tem o descaso dos municípios noque tange entender o contexto da emergência e das mudanças climáticas. Essabaixa adesão chancela a falta de conhecimento dos municípios dentro da pauta daemergência climática. E temos também luta contra o negacionismo de tratar isso comopolítica pública — explicou.

As conferências municipais têm o objetivo de envolver a população local na discussãoambiental, respeitando as especificidades de cada região. Lá, a população podeapresentar as principais pautas da sua realidade. As pautas construídas são levadaspara as etapas estaduais e para a nacional.

O evento principal ocorrerá em Brasília e irá debater a emergência climática, juntocom o desafio da transformação ecológica. Este é a 5ª edição e marca a retomadaapós onze anos da última Conferência.

— Lá, é criado um grande documento norteador das políticas públicas do Brasil, dapolítica pública ambiental e climática. Com essas prioridades que vão ser aprovadas, saia carta de compromissos. Então, o governo tem um compromisso de que as suasações se alinhem e sejam construídas de acordo com essa realidade — enfatizou.

 

Por Rodrigo Lopes e Vitor Netto. Matéria originalmente publicada no jornal Gaúcha Zero Hora, em 03/02/2025.

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

COP30: Soluções alimentares de baixo carbono ganham protagonismo e apontam novos rumos para políticas climáticas no Brasil

Projetos que unem agroecologia, alimentação saudável e fortalecimento da agricultura familiar foram apontados como algumas das soluções climáticas mais concretas apresentadas na COP30. Em uma mesa-redonda no Arayara Climate Hub, especialistas, gestores públicos e agricultores mostraram que colocar comida de verdade — limpa, local e justa — no centro das políticas climáticas pode ser decisivo para conter a crise ambiental

Leia Mais »

“O nosso mangue tem valor com gente”

Grito de  povos extrativistas e comunidades costeiras do litoral amazônico ecoa na COP30   Comunidades da costa amazônica lançaram neste sábado (15/11) o  documento “O GRITO DO MANGUE PELO CLIMA”. Elaborado por organizações e redes representativas de povos extrativistas e comunidades costeiras do litoral amazônico, o material reúne análises e reivindicações de populações que vivem na linha de frente da

Leia Mais »

Territórios indígenas sob pressão: impactos de petróleo, mineração e agronegócio são debatidos durante a COP30

No dia 14 de novembro, o Arayara Amazon Climate Hub sediou a mesa-redonda “Territórios indígenas na mira de grandes empreendimentos: do petróleo à mineração”, organizada por organizações de base indígena de diversas regiões e biomas do Brasil. O encontro reuniu lideranças de diferentes regiões do país para debater os impactos de empreendimentos de desenvolvimento — como mineração, petróleo, gás, hidrelétricas

Leia Mais »

Risco de Sacrifício: Amazônia Debate a Mineração Estratégica e a Corrida por Minerais na Transição Energética

A crescente demanda global por minerais essenciais à descarbonização coloca a Amazônia diante de uma encruzilhada perigosa. O painel “Amazonía y Transición Energética Justa: Propuestas para Abordar la Minería y los Derechos de Pueblos Indígenas y Comunidades Locales”, realizado no ARAYARA Amazon Climate Hub, reuniu lideranças pan-amazônicas e especialistas para debater como garantir que a busca por cobre e lítio

Leia Mais »