+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Alerta Vermelho: Petrobras avança na intenção de explorar petróleo na Margem Equatorial

O Instituto Internacional ARAYARA repudia decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de aprovar que a Petrobras coloque em curso o plano de resgate de animais em caso de vazamento de óleo na Margem equatorial, no Amapá.

Por: Agência Avenida

A ARAYARA referência internacional em estudos climáticos, lidera campanha contra o Leilão para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas e Margem Equatorial, marcado para 17 de junho. 

De acordo com o Instituto, essa aprovação permite que a estatal realize vistorias e simulações de emergência na região, classificando a autorização do IBAMA um avanço no processo para que a Petrobras obtenha a licença de perfuração de um poço na Bacia da Foz do Amazonas.

A empresa já preparou uma base de fauna em Oiapoque e iniciou a limpeza da sonda que será usada, aguardando a decisão final do Ibama. A realização da Avaliação Pré-Operacional (APO), com exercícios práticos de resposta a emergências, é a próxima etapa. A Petrobras comemora o avanço e afirma estar preparada para atuar de forma segura.

O Instituto ARAYARA, no entanto, contesta:

A área é infinitamente mais sensível e perigosa do que falam os integrantes do governo, para os quais o projeto é considerado estratégico e apoiado por líderes políticos locais. Não adianta simular resgate de animais, se quando há um acidente não simulado, a fauna ou a área impactada não são salvas, diz Vinícius Nora, gerente de Oceanos e Clima. Lembrando que a Petrobrás tem histórico de envolvimento em desastres ambientais por derramamento de óleo, cujos reflexos se estendem até hoje, citando, entre outros, os vazamentos ocorridos em Campos, Arraial do Cabo, Búzios e Cabo Frio, no litoral do estado do Rio de Janeiro, e em Sergipe.

– A ARAYARAtem levantamentos em seus “Monitor da Amazônia livre de petróleo e gás” e “Monitor Oceano“, abertos a quem quiser consultar, mostrando os riscos e impactos a biomas, terras indígenas, setor econômico da pesca e áreas costeiras sensíveis com a exploração de petróleo.

Nos próximos dias, o Instituto lança a campanha “Pare o Leilão do Juízo Final”, envolvendo as diversas áreas que poderão ser afetadas, como Fernando de Noronha.

Foto: reprodução /Inês Campelo/MZ Conteúdo

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Ministério do Meio Ambiente realiza oficina para construção do Plano Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais

Na última quarta-feira (13), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) deu início à segunda oficina de construção do Plano Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs). O Instituto Internacional ARAYARA marcou presença no encontro, que reuniu 27 das 28 representações de PCTs reconhecidos no Brasil para debater diretrizes de uma política pública capaz de transformar em

Leia Mais »

ARAYARA envia contribuições à Consulta Pública da FEPAM sobre áreas de risco e licenciamento ambiental 

O Instituto Internacional ARAYARA enviou suas contribuições à consulta pública promovida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), que discute a minuta da Diretriz Técnica sobre critérios e condições para o licenciamento ambiental de empreendimentos localizados em áreas suscetíveis a inundações, enxurradas e alagamentos. A consulta que estava disponível no site oficial da fundação foi encerrada no dia 16 de

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Linha de impedimento

Instituto ARAYARA protocola Ação Civil Pública contra preços abusivos para hospedagem na COP30 Na quinta-feira, 7 de agosto, o Instituto Internacional ARAYARA entrou em campo contra um adversário nada sustentável: os preços abusivos da hospedagem para a COP30, a ser realizada em Belém. A instituição protocolou uma Ação Civil Pública no Tribunal de Justiça do Pará para tentar frear a escalada especulativa

Leia Mais »

Inclusão de comunidades tradicionais e coerência nos compromissos climáticos são debatidos em encontro preparatório para a COP 30

Na tarde de ontem (14), em encontro promovido pelo PSOL para reunir contribuições da sociedade civil aos encaminhamentos brasileiros na COP 30, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, abriu os trabalhos apresentando um panorama dos compromissos climáticos esperados para a conferência, com destaque para o fortalecimento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre. Guajajara ressaltou que o financiamento climático deve

Leia Mais »