+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Acordo de Glasgow: o novo compromisso da sociedade pelo clima

Construímos  uma importante ferramenta para enfrentar as mudanças climáticas que atingem o planeta: o Acordo de Glasgow. Com ele, assumimos um compromisso que se propõe a retomar  a iniciativa de governos e instituições, criando um meio alternativo de ação, colaboração e articulação entre variados grupos de justiça climática ao redor do mundo.

O objetivo é utilizar diversas táticas para conseguir os cortes de emissão necessários para evitar um aumento de temperatura de 1,5ºC até 2100.

Este acordo foi construído durante os últimos meses com várias organizações de diferentes países. O movimento pela justiça climática pressupõe a necessidade de cortar coletivamente as emissões de gases de efeito estufa por meio de uma estrutura política de justiça climática.

A Arayara é uma das três instituições representando o Brasil na iniciativa, que conta com mais de 50 organizações de mais de 20 países e 3 continentes diferentes.

Muito mais do que uma declaração sobre mudanças climáticas, o acordo é um compromisso de pessoas e organizações com a tomada de medidas concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa de forma estratégica.

É uma ação coletiva que rejeita a indiferença e impotência das instituições e reconhece o poder dos movimentos que enfrentam o problema.

Para alcançar os cortes necessários, as organizações farão inventários territoriais dos principais setores e emissores de gases de efeito estufa e de projetos futuros e, a partir disso, criarão uma agenda climática com prioridades de atuação em desligamento e transformação. 

Globalmente, o Acordo de Glasgow propõe a criação de uma agenda climática mais ampla, baseada em prioridades territoriais, para o movimento pela justiça climática. Nacional e internacionalmente, as organizações do Acordo de Glasgow apoiarão umas às outras com táticas e conhecimento, a fim de cumprir as agendas climáticas locais e globais.

Existem, atualmente, diferentes organizações trabalhando no processo do Acordo de Glasgow, que será assinado em novembro, tanto offline quanto online, na iniciativa “From the Ground Up” da Coalizão COP26. 

Três meses após a assinatura do Acordo de Glasgow, os membros terão realizado seu primeiro inventário nacional dos principais emissores de gases de efeito estufa e futuros projetos que aumentem as emissões, a fim de criar a agenda climática correspondente.

O texto exato do Acordo de Glasgow está em processo de desenvolvimento, mas os principais pontos são:

  • O movimento pela justiça climática e a sociedade civil como um todo precisam assumir o controle das emissões de gases de efeito estufa, mantendo o foco principal fora da luta institucional.
  • A não-cooperação política e econômica, bem como a intervenção não-violenta, em particular a desobediência civil, são importantes ferramentas para alcançar os objetivos do Acordo de Glasgow.
  • A produção de um inventário dos principais setores e emissores de gases com efeito de estufa e futuros projetos em cada território, que serão nacional e internacionalmente anunciados e irão informar a agenda climática territorial.
  • Definir estratégias locais e nacionais sobre como difundir a agenda climática,  como parar novos projetos e principais setores emissores de gases com efeitos de estufa e infraestruturas.  

Os desafios do acordo são grandes, mas não maiores do que os que a humanidade enfrenta, e ainda irá enfrentar, com as mudanças climáticas. Sem uma ação decisiva agora, nos deparamos com uma perspectiva de destruição, escassez e extinção sem precedentes. 

O que se propõe é a união de movimentos, através de estruturas e ações concretas, para aumentar o impacto das iniciativas que lutam contra esse cenário de impotência.

Comprometida com a real ação climática e com forma de atuar contra os ataques ao meio ambiente, a Arayara realiza ações independentes de iniciativas e interesses do governo, e desenvolve uma série de ações de impacto socioambiental além de campanhas de conscientização.


Para saber mais sobre o Acordo de Glasgow, acesse aqui.

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Curso Gratuito:  Leilões de Petróleo, COP30 e Transição Justa às Vésperas de Conferência Global do Clima

A menos de cinco meses da realização da COP30, o Instituto Internacional ARAYARA promove o curso gratuito “Leilão de Petróleo e Gás da ANP, COP30 e Transição Justa”, com o objetivo de ampliar a conscientização sobre os riscos da expansão de combustíveis fósseis no Brasil e fortalecer a mobilização pela justiça climática. O curso será realizado de forma online, no

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Apesar de recomendações do MP, Secretaria do DF não aumenta prazo para consulta pública sobre Plano Diretor

Ministério Público também orientou sobre processo de discussão antes de aprovação do Pdot na CLDF O Governo do Distrito Federal (GDF) mantém o cronograma acelerado para a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), desconsiderando recomendações do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e demandas do Comitê de Gestão Participativa (CGP), criado em 2020 como instância de diálogo

Leia Mais »

Cúpula dos Povos: mobilização global pela justiça climática ganha força rumo à COP30 em Belém

Na última terça-feira (02/06), Renata Prata, coordenadora de Advocacy do Instituto Internacional ARAYARA, participou do programa Diálogos de Justiça e Paz, promovido pela Comissão Justiça e Paz de Brasília. O encontro, realizado presencialmente com transmissão ao vivo, foi mediado por Ana Paula Inglez, presidente da Comissão, e também contou com a presença de Dorismeire Almeida de Vasconcelos, articuladora da Rede

Leia Mais »

Exploração de petróleo no litoral sul de SC mobiliza audiências públicas em Garopaba e Florianópolis

Riscos à biodiversidade marinha, à pesca artesanal e às comunidades tradicionais serão debatidos em encontros populares nos dias 9 e 12 de junho, em Garopaba e Florianópolis respectivamente.   A ameaça da expansão da exploração de petróleo na costa catarinense acende um alerta entre comunidades tradicionais, pescadores, especialistas em meio ambiente e ativistas ambientais. Os riscos socioambientais dessa atividade serão

Leia Mais »