+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

“A COP é uma falsa solução”

Indígena líder do povo Huni Kui (do Acre) avalia que governos desconsideram quem sofre com a contaminação do petróleo, do desmatamento, da invasão dos territórios e com o aumento da monocultura de agronegócio

Recém retornado da 26a Conferência das Partes da Convenção do Clima, Ninawa Inu, presidente da Federação do Povo Huni Kui do Acre (FEPHAC), e que participa das COP desde 2011 denuncia às jornalistas Eliege Fante  e Elisangela Paim que “falsas soluções, apresentadas pelas megacorporações são negociadas com os governos dos países, sem a consulta nem o consentimento dos povos originários e indígenas”. 

Inu também observa que “as multinacionais que poluem e destroem globalmente, financiam as conferências e negociam com os governos acordos bilionários através da comercialização da natureza. Por isso, a promessa de redução de emissões de gases de efeito estufa, de zerarem essas emissões em 50 anos, é uma mentira””

Ele também acredita que “ao pagarem os créditos de carbono aos governos, (as corporações poluidoras) creem que se eximem da responsabilidade pelos crimes ambientais cometidos, o ecocídio e o genocídio, em anos anteriores. De um lado, creem que compensam a poluição que causaram e, de outro, recebem um bônus, como que o direito de seguir investindo nas regiões onde há mais interesse econômico. E, por consequência, as empresas mantém suas atividades industriais destrutivas”.

Ninawa Inu também listou as iniciativas em que está envolvido no Brasil. Ele mencionou a denúncia dos projetos de lei no Congresso contrários aos direitos dos povos indígenas e aos direitos ambientais; a denúncia dos créditos de carbono, através dos acordos de financeirização da natureza e a apresentação da assim chamada “lei do ecocídio”, destinada a punir governos e empresas responsáveis por assassinatos e crimes contra o meio ambiente e as pessoas.

A matéria na íntegra foi publicada em https://rosalux.org.br/politica-de-creditos-de-carbono-ignora-a-autonomia-dos-povos-sobre-os-proprios-territorios/#_ftn2

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: La Cop 30 tra delusioni e iniziative dal basso

Si è conclusa la Cop 30 (Conferenza Onu sul Clima) svoltasi a Belém, una delle città simbolo dell’Amazzonia, che avrebbe dovuto dare sistematicità ai temi di mitigazione, adattamento e investimenti ma che, ancora una volta, per l’influenza dei lobbisti (https://volerelaluna.it/ambiente/2025/11/21/cop-30-la-carica-de-lobbisti-delle-multinazionali-del-petrolio/) e dei paesi produttori di petrolio, arabi in testa, ha dato frutti deludenti, malgrado la forte spinta del Presidente Lula che, da metà Conferenza

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Após COP30, sanção da MP do carvão provoca críticas e expõe contradições na agenda climática brasileira

ARAYARA repudia manutenção de subsídios bilionários a térmicas a carvão até 2040 e alerta para impacto climático, econômico e regulatório A sanção integral da Medida Provisória 1.304, convertida na Lei nº 15.269/2025, reacendeu o debate sobre coerência climática e políticas públicas para o setor elétrico no Brasil. Publicada em 24 de novembro, no primeiro dia útil após o encerramento da COP30,

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Governo veta ressarcimento a eólica e solar para não afetar tarifa, mas mantém incentivos ao carvão

Para setor, vetos não resolveram questões importantes incoerentes com o cenário atual de transição energética O governo federal vetou, pelo menos, 10 trechos da Medida Provisória nº 1304, de 11 de julho de 2025, que tem o objetivo de modernizar o marco regulatório do setor elétrico. Entre os pontos derrubados estão o dispositivo que previa ressarcimento, via encargos na conta

Leia Mais »