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Parnarama reports shale gas exploration research

Parnarama reports shale gas exploration research

Councilors and deputy mayor of the Maranhão city say that the actions of oil companies were carried out silently

 

What is fracking?

Fracking – also called hydraulic fracturing – is a process that involves injecting large volumes of water, chemicals and sand at high pressure into underground rock layers to release trapped natural gas. Despite being a technique already used in several countries, it is controversial because it causes environmental and ecological damage, including contamination of groundwater, release of greenhouse gases, induced earthquakes, etc.

 

Parnarama, Maranhão, participated in a training session, on September 12, 2022, in the plenary of the City Council, which dealt with the risks and problems caused by fracking. The event was attended by councilors from the municipality and neighboring cities, representatives of community health agents, quilombolas and members of the rural workers’ union. In addition to the deputy mayor and members of civil society, who closely followed the hearing. In addition to members of COESUS – Coalition No Fracking Brazil for Water and Life, a campaign by the Arayara International Institute.

After the hearing, the councilors spoke about companies that had carried out research in the municipality during the previous administration. They reported that a large convoy consisting of several pickup trucks, jeeps and five nine-axle trucks carrying drilling equipment traveled through the region. The trucks transported the equipment, which was assembled in a complex containing overnight containers for employees, an ambulance for emergency cases, tow trucks and other necessary equipment.

According to the councilors, the whole process was carried out quickly, without consulting the population. One of the parliamentarians, who previously did not hold public office, reported having questioned one of the company’s employees, but the responses were evasive. “As soon as they arrived and performed their deeds, they departed in silence.”

The deputy mayor of the municipality, Gilson Moura (Gilson Da Silva Leite), from the PCdoB, reported to the COESUS team that he saw several company jeeps circulating both in the city and in rural areas. When approaching them, he did not obtain any satisfactory explanation. In addition, the deputy mayor informed that both he and the mayor will approve a law against the hydraulic fracturing technique in the municipality.

Councilor Querida Moura (Eliane Geisteira de Moura Leite), from the PP, stated that she was aware of the presence of the trucks and sent a video to the COESUS team, dated January 18, 2008, showing the community of Paiol do Centro, located 50 km from the municipal seat, during a flood. The video reveals an overflow of the river that resembles an explosion, raising the water level by 2 meters, according to the councilwoman. Technician Isaías Lima da Silva, from Trat’Água, was present at the site along with teachers from the community of Paiol do Centro.

Three years before the video, in the same location, 40 head of cattle disappeared to the ground in a kind of quicksand. They tried to rescue some animals, but they were lifeless. Several cracks and a large crater with water were observed at the site. According to the explanation of the technician responsible for collecting materials at the site, the cracks and craters are the result of explosions caused by the production of carbon dioxide, which comes from a natural process of decomposition of organic matter from animals and plants.

This gas penetrates the fissures of the rocks and, in the absence of oxygen, anaerobic explosions occur, releasing the gas into the atmosphere. As a result, the ground gives way, causing cracks and craters. The technician recommended isolating the area to avoid accidents and stated that the crater could swallow the forest around it. At the time of recording the video, no action had been taken.

These alarming events highlight the need for careful monitoring and planning of activities carried out in the municipality, in order to protect the environment, the population and the local fauna. It is essential that local authorities are aware of the potential impacts of these actions and promote community participation in decisions that directly affect their lives and the ecosystem in which they are inserted.

Parnarama reports shale gas exploration research

Parnarama relata pesquisas de exploração de gás de xisto

Vereadores e vice-prefeito da cidade maranhense dizem que as ações de empresas petrolíferas foram realizadas de forma silenciosa

 

O que é o fracking?

O fracking – também chamado de fraturamento hidráulico – é um processo que envolve a injeção de grandes volumes de água, produtos químicos e areia, a alta pressão, em camadas de rocha do subsolo para liberar o gás natural que está preso. Apesar de ser uma técnica já utilizada em vários países, ela é controversa por causar danos ambientais e ecológicos, incluindo contaminação da água subterrânea, liberação de gases de efeito estufa, terremotos induzidos etc.

 

Parnarama, Maranhão, participou de uma capacitação, no dia 12 de setembro de 2022, no plenário da Câmara Municipal que tratou dos riscos e problemas causados pelo fracking. O evento contou com a presença de vereadores do município e das cidades vizinhas, representantes dos agentes comunitários de saúde, quilombolas e membros do sindicato de trabalhadores e trabalhadoras rurais. Além do vice-prefeito e membros da sociedade civil, que acompanharam atentamente a audiência. Além de integrantes da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pela Água e Vida, uma campanha do Instituto Internacional Arayara.

Após a realização da audiência, os vereadores se pronunciaram a respeito de empresas que haviam realizado pesquisas no município durante a gestão anterior. Eles relataram que um grande comboio composto por diversas caminhonetes, jipes e cinco caminhões de nove eixos, transportando equipamentos de perfuração, percorreram a região. Os caminhões transportavam os equipamentos, que foram montados em um complexo contendo contêineres para o pernoite dos funcionários, uma ambulância para casos de emergência, guinchos e outros equipamentos necessários.

Segundo os vereadores, todo o processo foi realizado de forma rápida, sem consultar a população. Um dos parlamentares, que anteriormente não ocupava um cargo público, relatou ter questionado um dos funcionários da empresa, porém as respostas foram evasivas. “Assim como chegaram e realizaram suas ações, partiram em silêncio.”

O vice-prefeito do município, Gilson Moura (Gilson Da Silva Leite), do PCdoB, relatou à equipe da COESUS ter avistado diversos jipes da empresa circulando tanto pela cidade quanto pelas áreas rurais. Ao abordá-los, não obteve nenhuma explicação satisfatória. Além disso, o vice-prefeito informou que tanto ele quanto o prefeito irão aprovar uma lei contra a técnica de fraturamento hidráulico no município.

A vereadora Querida Moura (Eliane Geisteira de Moura Leite), do PP, afirmou estar ciente da presença dos caminhões e enviou um vídeo à equipe da COESUS, datado de 18 de janeiro de 2008, mostrando a comunidade de Paiol do Centro, localizada a 50 km da sede do município, durante uma enchente. O vídeo revela um transbordamento do rio que se assemelha a uma explosão, elevando o nível da água em 2 metros, segundo a vereadora. O técnico Isaías Lima da Silva, da Trat’Água, esteve presente no local juntamente com professores da comunidade de Paiol do Centro.

Três anos antes do vídeo, no mesmo local, 40 cabeças de gado desapareceram no chão em uma espécie de areia movediça. Tentaram resgatar alguns animais, mas estavam sem vida. Foram observadas várias rachaduras e uma grande cratera com água no local. De acordo com a explicação do técnico responsável pela coleta de materiais no local, as rachaduras e as crateras são consequências de explosões provocadas pela produção de gás carbônico, proveniente de um processo natural de decomposição de matéria orgânica de animais e plantas.

Esse gás penetra nas fissuras das rochas e, na ausência de oxigênio, ocorrem explosões anaeróbicas, liberando o gás para a atmosfera. Como resultado, o solo cede, causando rachaduras e crateras. O técnico recomendou o isolamento da área para evitar acidentes e afirmou que a cratera poderá engolir a floresta ao seu redor. Até o momento da gravação do vídeo, nenhuma medida havia sido tomada.

Esses eventos alarmantes evidenciam a necessidade de um cuidadoso monitoramento e planejamento das atividades realizadas no município, a fim de proteger o meio ambiente, a população e a fauna local. É fundamental que as autoridades locais estejam atentas aos impactos potenciais dessas ações e promovam a participação da comunidade nas decisões que afetam diretamente suas vidas e o ecossistema em que estão inseridos.

Cidade de Parnarama recebe a campanha Não Fracking Brasil

Cidade de Parnarama recebe a campanha Não Fracking Brasil

O município do maranhão participou de uma palestra da técnica em Fracking, Esmeralda Gusmão

 

O que é o fracking?

O fracking – também chamado de fraturamento hidráulico – é um processo que envolve a injeção de grandes volumes de água, produtos químicos e areia, a alta pressão, em camadas de rocha do subsolo para liberar o gás natural que está preso. Apesar de ser uma técnica já utilizada em vários países, ela é controversa por causar danos ambientais e ecológicos, incluindo contaminação da água subterrânea, liberação de gases de efeito estufa, terremotos induzidos etc.

 

A beira do grande rio Parnaíba, dona de belas praças e de várias carnaúbas. A carnaúba, abundante na região, é uma palmeira que produz cera, óleo e outros produtos valiosos. Essa é uma breve descrição do que é o município de Parnarama, no Maranhão. A cidade é famosa por suas festas juninas, durante as festividades, há apresentações de danças típicas, quadrilhas, barracas de comidas e bebidas, além de outras atividades.

Margens do rio Parnaíba

A equipe da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pela Água e Vida, uma campanha do Instituto Internacional Arayara, realizou uma capacitação com o sindicato de trabalhadores rurais de Parnarama, que, com seus dirigentes presentes, escutaram as falas da técnica Esmeralda Gusmão sobre os riscos que o “Gás da Morte” (o termo popular para o gás de xisto explorado pelo fracking) causa na agricultura e os impactos socioambientais oferecidos aos trabalhadores.

O fracking é um grande problema para todos os setores, mas é trazido para os municípios como uma forma de desenvolvimento. Essa técnica tem efeito oposto do que é dito nas comunidades pelas empresas. A exemplo, pode-se analisar a situação da província de Neuquén, na Argentina, onde o fracking já está instalado a muito anos e ver o efeito de declinação no setor de fruticultura, em específico o da maçã.

 

Maçãs chilenas com o selo “Frack Free” (Livre de Fracking)

A equipe foi recebida na câmara municipal pelo vereador Miguel, que conversou com a COESUS para o planejamento de uma audiência pública sobre o fracking. Os principais danos causados pelo fracking são:

Contaminação química: o fracking envolve o uso de uma mistura de produtos químicos, água e areia injetada sob alta pressão no solo para liberar gás natural. Esses produtos químicos podem contaminar a água subterrânea e superficial, causando danos à saúde humana e ao meio ambiente.

Escassez de água: o processo de fracking requer grandes quantidades de água, o que pode levar à escassez de água, principalmente em áreas com escassez de recursos hídricos.

Contaminação bacteriana: o aumento da atividade industrial, incluindo o fracking, pode aumentar a concentração de bactérias nocivas na água, aumentando o risco de doenças.

Vazamentos de gás natural: os vazamentos de gás natural durante o processo de ingestão podem contaminar a água e o ar, além de representar um risco de explosões.

Risco de terremotos: a injeção de água e produtos químicos sob pressão no solo pode causar terremotos, o que pode afetar a qualidade da água subterrânea.

A indústria do fracking é uma grande consumidora de água, concorrendo diretamente com a agricultura, comércio, indústria e com a água destinada para o consumo da população. São milhões de litros de água para cada poço perfurado. A água que retorna do fraturamento é conhecida como flowback, após a separação do gás o flowback é armazenado em piscinas a céu-aberto onde sua evaporação é realizada por estar diretamente recebendo a energia solar e ocasionando chuvas ácidas que contaminam plantações e contaminação de toda a região que se arrastar.

Piscina de flowback a céu aberto

Não Fracking Brasil retorna à São João dos Patos

Não Fracking Brasil retorna à São João dos Patos

Cidade é a primeira maranhense a proibir a realização de fracking em seus territórios

 

O que é o fracking?

O fracking – também chamado de fraturamento hidráulico – é um processo que envolve a injeção de grandes volumes de água, produtos químicos e areia, a alta pressão, em camadas de rocha do subsolo para liberar o gás natural que está preso. Apesar de ser uma técnica já utilizada em vários países, ela é controversa por causar danos ambientais e ecológicos, incluindo contaminação da água subterrânea, liberação de gases de efeito estufa, terremotos induzidos etc.

 

São João dos Patos, no Maranhão, tornou-se a primeira cidade do estado a proibir o fracking. Essa importante conquista foi resultado da determinação do vereador Tio Jardel, coordenador regional da campanha da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pela Água e Vida, uma campanha do Instituto Internacional Arayara, que apresentou a lei na câmara municipal do município.

A equipe da COESUS esteve novamente em São João dos Patos no dia 12 de setembro de 2022 para parabenizar o vereador e reforçar a importância da decisão tomada pelos parlamentares de 2016 em aprovar a lei contra o fracking. A técnica Suelita Röcker também participou da visita à câmara municipal, destacando a necessidade de proteger a vida e os recursos naturais da região. Os vereadores atuais, mesmo com a lei Anti-fracking em vigor, desconheciam a técnica e seus perigos.

Além de São João dos Patos, a equipe da COESUS visitou as cidades vizinhas de Sucupira do Riachão e Paraibano, onde os vereadores receberam o grupo com entusiasmo e se comprometeram a apresentar a lei contra o fracking em seus respectivos municípios. Essa mobilização em conjunto demonstra a importância da conscientização sobre os riscos dessa prática e a união entre diferentes cidades para proteger o meio ambiente.

A expedição à Argentina, realizada pelo vereador Tio Jardel em parceria com a equipe técnica da COESUS, foi um momento crucial para fortalecer a luta contra o fraturamento hidráulico. O vereador pôde testemunhar em primeira mão os efeitos devastadores causados por essa técnica em território argentino. Segundo o parlamentar, desde o aeroporto, ele se deparou com grandes outdoors exibindo imagens impactantes de gado morto como resultado direto do fracking.

A proibição do fracking em São João dos Patos é um passo significativo na defesa do meio ambiente e da qualidade de vida dos cidadãos. Espera-se que outras cidades maranhenses sigam esse exemplo e adotem medidas similares para proteger suas comunidades e ecossistemas. A conscientização e o engajamento da sociedade são essenciais para combater essa técnica prejudicial e buscar alternativas mais sustentáveis para a produção de energia.