Ricardo Salles extingue três bases do projeto Tamar
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, subordinado ao Ministério do Meio Ambiente, de Ricardo Salles, extinguiu três bases avançadas do Projeto Tamar, de conservação de tartarugas marinhas, em Camaçari (BA), Parnamirim (RN) e Pirambu (SE).
A unidade de Sergipe foi a primeira unidade do Tamar no país, e estava desativada desde o fim do ano passado.
A mesma portaria determina que as baseas avançadas dos centros nacionais de pesquisa e conservação, o que não inclui somente o Tamar, seguirão ativas apenas se houver comprovação da necessidade de ações de pesquisa e conservação conduzidas durante todo o período do ano.
Projeto Tamar: 40 anos de vida e 40 milhões de tartarugas soltas
O projeto Tamar nasceu em 1980, quando um grupo de estudantes da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), pioneira em oferecer o curso de oceanologia no Brasil, decidiu fazer um levantamento em todo o litoral do País, incluindo as ilhas de Fernando de Noronha, Atol das Rocas e Abrolhos, sobre a situação das tartarugas.
Quando estavam no Atol das Rocas, presenciaram pescadores matando enormes tartarugas marinhas. Naquela época, já havia pressão sobre estes animais migratórios mundo afora. E, em consequência, demanda para trabalhos em defesa desses animais.
Durante dois anos os estudantes esmiuçaram o litoral brasileiro. Descobriram vários pontos de desova que nem mesmo seus professores conheciam. Assim nasceu o Projeto Tamar, que até hoje trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no País.