+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Organizações protestam contra rapidez na revisão do Códio Ambiental de SC

PL que tramita tem mais de 300 artigos, mas Alesc quer concluir o processo em menos de 30 dias

Várias organizações da Rede de Ongs da Mata Atlântica e o  Fórum de Mudançcas Climáticas e Justiça Socioambiental Núcleo Santa Catarina – entre elas o Instituto Arayara, que integra ambas as redes – entregaram uma avaliação do Projeto de Lei do Código Ambiental de Santa Catarina, que está tramitando na Assembléia Legislativa do Estrado (Alesc). A entrega do documento ao deputado Valdir Cobalchini (MDB), presidente da Comissão de revisão do código ambiental, aconteceu no último dia 17.

No documento, as organizações questionam a celeridade com que a revisão do Código está sendo feita. A comissão presidida por Cobalchini pretendia aprovar o PL, que tem mais de 300 artigos, em um inexequível prazo inferior a 30 dias.

Segundo o serviço de imprensa da Alesc, na quinta (18) a Comissão Mista informou, em audiência pública realizada em Joinville, que “recebeu mais de 550 sugestões de alterações, que impactam 135 dos 296 artigos da lei. Elas estão focadas principalmente no licenciamento auto-declaratório, nas compensações ambientais, no manejo de árvores como a araucária, na questão das áreas de preservação permanente urbanas, entre outras”.

As organizações da sociedade civil, entretanto, pontuam no documento enregue a Cobalchini que a participação social está sendo prejudicada tanto pelos prazos impostos pela comissão, quanto da pouca publicização de pautas muito importantes ao meio ambiente de Santa Catarina.

O documento das organizações diz que “a presente revisão do Código Estadual do Meio Ambiente compromete os já críticos esforços para a manutenção dos remanescentes de todos os ecossistemas de nosso Estado. Considerando a função dos diferentes ecossistemas, a segurança hídrica, energética e sanitária, a proposta de revisão legislativa insere propostas que representarão risco efetivo ao nosso meio ambiente, mas também ao bem-estar social e a economia”.

No texto, as instituições também dizem que “cientes de que são as formações vegetais que mitigam os impactos das mudanças climáticas, devemos destacar que algumas das propostas de alteração do Código Estadual do Meio Ambiente comprometem os esforços de promoção de adaptações e de mitigação destes estressores que hoje são responsáveis pela produção de milhares de refugiados em todo o mundo, e que em Santa Catarina já vem promovendo eventos extremos com sérios impactos para nossa sociedade”. 

As organizações avaliam que, no lugar de fragilizar a legislação ambiental, uma revisão participativa poderia trazer novos elementos para fortalecer a conservação e recuperação de nossos ecossistemas, elevando a resiliência de nosso território diante das mudanças climáticas entre outros estressores que variam na escala local e regional.

tps://www.instagram.com/p/CWa64BLrdN3/

ACOMPANHE A LIVE PELO LINK do CANAL YouTube:

Acesse o Manifesto: https://docs.google.com/…/1uoUSSIOX7IWAe7qI…/mobilebasic

#ALESC #SantaCatarina #Arayara

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: ‘Se a gente se juntar, ninguém vai construir’, diz criança em audiência sobre instalação de Usina em Brasília

“Por que construir uma usina termelétrica, se ela não vai ajudar a gente a aprender a ler e escrever?”, questionou Sheila, estudante do 5º ano da Escola Classe (EC) Guariroba, durante seminário realizado na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (13), para debater os impactos da construção da Usina Termelétrica (UTE) de Brasília.

Leia Mais »

Seminário da FNCE discute desafios e oportunidades da transição energética rumo à COP30

Na manhã de ontem (14), a Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) — articulação da qual o Instituto Internacional ARAYARA é membro — , realizou o seminário online e gratuito “Clima, sociedade e energia: oportunidades e desafios da transição energética no Brasil rumo à COP30”. O evento reuniu autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil para discutir os desafios

Leia Mais »

Ministra do Meio Ambiente defende políticas sociais de Lula, mas evita falar sobre possível exploração de petróleo na Amazônia

Durante o encerramento da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, a ministra Marina Silva afirmou que só foi possível ao governo ampliar o Bolsa Família pelo entendimento do presidente Lula de que “sem sustentabilidade política seria impossível tirar da pobreza milhões de pessoas.” Por: Agência Avenida Marina Silva expandiu o conceito de sustentabilidade, além das dimensões econômica, social e ambiental

Leia Mais »

 Silêncio da Termo Norte amplia indignação contra projeto da UTE Brasília

Em meio à crescente mobilização social e a críticas contundentes, a Câmara dos Deputados sediou na manhã da última terça-feira (13) um seminário para debater os impactos socioambientais da Usina Termelétrica (UTE) Brasília, projeto da empresa Termo Norte Energia. Organizado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o evento reuniu parlamentares, especialistas, representantes de movimentos sociais, órgãos públicos e

Leia Mais »