O mundo superou oficialmente na noite deste domingo (28/06) a marca de de meio milhão de mortes por covid-19 desde que a epidemia foi declarada na China em dezembro, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. Mais cedo, o planeta também havia atingido a marca de 10 milhões de casos da doença.
O número de mortos no mundo dobrou em pouco menos de dois meses. Em 5 de maio eram 250 mil. Nos últimos dias, foram registradas 50 mil mortes.
Já a cifra de infecções declaradas em nível global dobrou desde 21 de maio, e foram detectados mais de um milhão de novos casos de covid-19 entre a última segunda-feira e domingo.
Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia, tanto em número de mortos (125.803) quanto de casos (2.549.028). Embora a cifra de mortes diárias tenha diminuído sutilmente em junho com relação a maio, os contágios aumentaram em 30 dos 50 estados do país, sobretudo nos maiores e mais populosos do sul e do oeste: Califórnia, Texas e Flórida.
As previsões atuais do Instituto para a Métrica e a Avaliação da Saúde (IHME, na sigla em inglês) preveem que os EUA poderiam alcançar os 150 mil óbitos em meados de agosto.
O Brasil aparece em segundo lugar no mundo, tanto em número de mortes quanto de casos, considerando os número absolutos, com 57.622 óbitos e 1.344.143 casos da doença. Neste domingo, o país registrou mais 552 mortes e 30.476 casos, segundo o Ministério da Saúde.
O novo coronavírus atingiu primeiro a China e depois se espalhou por parte da Ásia. A partir de março, se espalhou pela Europa e depois avançou rapidamente pelos Estados Unidos. Atualmente, o epicentro da pandemia está na América Latina e especialmente no Brasil, onde desde o fim de maio, os balanços diários costumam passar das mil mortes em 24 horas.
Nos últimos sete dias, quase metade dos óbitos foi registrada na América Latina. A região também contabiliza mais de 400 mil novos casos de contágio no mesmo período, ou seja, mais de um terço dos detectados em uma semana em todo o mundo (mais de 1,1 milhão).
Depois dos Estados Unidos e Brasil; os países mais afetados são Reino Unido (43.634 mortes e 312.640 casos); Itália (34.738 e 240.310) e França (29.781 e 199.476).
Entre os países mais afetados, a Bélgica tem o maior número de mortos com relação à sua população, com 84 por 100.000 habitantes, à frente de Reino Unido (64), Espanha (61), Itália (57) e Suécia (52).
Estes balanços só refletem parte do número real de contágios. Os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, por exemplo, estimam que mais de 20 milhões de americanos foram infectados, ou seja, dez vezes mais que o registrado, o que equivale de 5% a 8% da população.
Fonte: Deutsche Welle