+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Legalizar a grilagem é como legalizar o homicídio

O subprocurador-geral da República, Antônio Carlos Bigonha, pensa que as pressões vindas de vários entes do governo sobre as Terras Indígenas tem um único motivo: “A briga é para transferir essa terra do poder público para o mercado imobiliário privado.” Ora é o presidente querendo que índio fique “que nem a gente”, ora são ministros dizendo que os indígenas têm terra demais. A isto soma-se o tempero da inação completa diante das várias invasões do garimpo ilegal. Por um lado, ataques diretos, ora em falas e discursos, ora em projetos de lei do executivo. De outro, discursos tipo “fato consumado” – o garimpo sempre esteve lá, as queimadas sempre aconteceram e o desmatamento sempre foi alto.

Bigonha conversou com Vasconcelo Quadros, d’A Pública, e disse que todo este movimento tem como objetivo legalizar a terra grilada e perpetuar o modo grileiro de ser. Ele dá um exemplo: “É mais ou menos assim: como há muitos homicídios no Brasil e o governo não tem como resolver, então vamos legalizar o homicídio (…) O que o governo está pretendendo é isso. Pouca gente sabe, mas área indígena é terra federal. Então, como o Estado administra mal seu patrimônio imobiliário e não é capaz de inibir a extração ilegal de riquezas em suas próprias terras, ele vem com um projeto para legalizar as invasões. Um projeto subscrito pelo presidente da República não pode ser tomado como instrumento de legitimação das práticas ilegais e inconstitucionais.”

Em tempo: Eles que são alvos constantes de ataques armados por grileiros, madeireiros e demais criminosos que exploram a floresta, os agentes de fiscalização do Ibama e do ICMBio correm o risco de perder o direito ao porte de armas em suas ações. É o que prevê um projeto de lei apresentado ontem, na 4ª feira (19), pelo senador Telmário Mota, conhecido defensor das atividades ilegais que promovem o desmatamento da Floresta Amazônica.

Fonte: ClimaInfo

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: Avança diálogo com a sociedade civil sobre o Círculo de Ministros de Finanças da COP30

O Ministério da Fazenda do Brasil promoveu a segunda rodada de webinários sobre o tema, articulando contribuições nacionais e internacionais ao relatório do Círculo, que deverá ser apresentado em sua versão final em outubro. O Ministério da Fazenda do Brasil, em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (ICS), promoveu, nesta quinta-feira, 24/7, a segunda etapa dos webinários sobre o

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Ação Civil Pública pede a paralisação imediata da Usina de Candiota III

O Instituto Internacional Arayara protocolou uma Ação Civil Pública pedindo a paralisação imediata e definitiva das atividades da Usina Termelétrica (UTE) Candiota III. A iniciativa tem como base denúncias de crimes ambientais supostamente cometidos pelos operadores da planta. A ação é movida contra a empresa Âmbar Sul Energia S.A., responsável pela operação da usina, além da Agência Nacional de Energia

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Ação na Justiça pede suspensão imediata da usina Candiota 3

O Instituto Internacional Arayara protocolou uma Ação Civil Pública contra as operadoras da Usina Termelétrica (UTE) Candiota 3, que utiliza carvão mineral como fonte de energia, exigindo a paralisação imediata e definitiva das atividades da planta, localizada no município de Candiota, no Rio Grande do Sul. Conforme nota da entidade, a ação tem como alvos a empresa Âmbar Sul Energia,

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Arayara move ação civil pedindo suspensão da UTE Candiota

Usina à carvão no Rio Grande do Sul retomou operações em abril e é questionada por ambientalistas, que alegam infrações ambientais e emissões de gases fora dos padrões BRASÍLIA — O Instituto Arayara entrou com uma ação civil pública (ACP) contra a Âmbar Sul Energia alegando irregularidades na UTE Candiota III e pedindo a suspensão imediata das atividades. Na ação, o instituto alega histórico

Leia Mais »