+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Governador sanciona lei que institui a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas do Pará

O governador Helder Barbalho sancionou a Lei 9.048, de 29 de abril de 2020, que institui a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas do Pará definindo princípios, diretrizes, objetivos e instrumentos necessários. O ato foi publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (04) e destaca que os municípios, ao implementarem as políticas e planos sobre o tema, devem seguir esta lei.

Entre os princípios destacam-se o acesso à informação, com transparência e disponibilização dos dados ambientais; educação ambiental voltada à preservação do meio ambiente, de uso comum do povo, indispensável à sadia qualidade de vida; participação por meio de cooperação entre poderes públicos a coletividade; poluidor-pagador, que deve assumir a responsabilidade de pagar custos decorrentes de danos ambientais e outros princípios estabelecidos na lei.

A Lei define que as diretrizes para a implementação da Política Estadual sobre Mudanças Climáticas no Pará envolvem a adoção de medidas para reduzir os efeitos adversos de mudança do clima e a vulnerabilidade dos sistemas ambiental, social, cultural e econômico; a conservação da cobertura vegetal e o combate à destruição de áreas de vegetação natural remanescente; cooperação com todas esferas de governo, comércio, indústria, organizações não governamentais, indígenas, quilombolas, povos e comunidades tradicionais, produtores e trabalhadores rurais, institutos de pesquisa e demais interessados na implementação dessa política; incentivo ao uso de energias sustentáveis e outras atitudes para o desenvolvimento sustentável estão listadas no documento.

Nos objetivos da Política, estão ressaltados o apoio à pesquisa e à promoção do uso de tecnologias para enfrentamento às mudanças climáticas; compatibilizar o desenvolvimento econômico às políticas de redução de emissões de gases de efeito estufa e substituir, gradativa e de forma racional, as fontes energéticas fósseis. O etnomapeamento e o etnozoneamento das terras indígenas, quilombolas e de povos tradicionais são determinados como objetivos na Lei, e outros resultados almejados.

Criação

A Lei cria ainda o Sistema Estadual sobre Mudanças Climáticas (Semuc) para implementar a Política instituída pelo Governo. O Semuc é integrado pelo Comitê Gestor do próprio sistema; pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos (CERH) e o de Meio Ambiente (Coema), Corpo de Bombeiros, Fóruns Municipais de Mudanças Climáticas, Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (IdeflorBio) e Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), cada um com suas atribuições específicas.

Os instrumentos que compõem a Política são definidos como de gestão pública, de educação, pesquisa e inovação; de transparência e comunicação; econômicas, financeira e fiscais; e o Plano Estadual sobre Mudanças Climáticas, que deve ser formulado e executado no prazo de três anos, a contar da data da publicação da Lei.

A Lei também cria o Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico e a Diretoria de Bioeconomia, Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais, diretamente subordinados à Secretaria Adjunta de Gestão de Recursos Hídricos e Clima, na estrutura da Semas, para também atuarem nos trabalhos necessários à implementação da Política Estadual sobre Mudanças Climáticas.

Fonte: Governo do Pará

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

REDESCA avalia os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul

O Instituto Internacional Arayara participou de forma ativa das reuniões com Javier Palummo, Relator Especial da Relatoria sobre Direitos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (REDESCA) da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), e sua delegação. Realizados entre os dias 2 e 6 de dezembro, os encontros tiveram como objetivo avaliar a situação dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais (DESCA)

Leia Mais »

PEC das Praias: sociedade civil e organizações socioambientais relatam “repressão”

Grupo formado por manifestantes, representantes de organizações em defesa do meio ambiente e de pescadores diz que foi proibido de estar na CCJ e de expor cartazes nos corredores do Senado Sociedade civil e representantes de organizações socioambientais foram nesta quarta-feira (4/12) ao Congresso Nacional para manifestação contra a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 3 de 2022, conhecida

Leia Mais »

PL das Eólicas Offshore com ‘jabutis’ para subsidiar carvão tem votação adiada no Senado

A votação do Projeto de Lei 576/2021, que estabelece o marco regulatório da geração de energia eólica offshore, foi adiada novamente na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal. O texto, relatado pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA), enfrenta forte resistência de senadores da base do governo, especialmente por conta dos artigos que fornecem subsídios aos geradores fósseis de

Leia Mais »

Litigância climática no Brasil é tema de webinário do JUMA e BIICL

O Instituto Internacional ARAYARA teve uma participação de destaque no webinário “Perspectivas para a Litigância Climática Corporativa no Brasil”, realizado no dia 29 de novembro. O evento, promovido pelo Grupo de Pesquisa Direito, Ambiente e Justiça no Antropoceno (JUMA), em parceria com o British Institute of International and Comparative Law (BIICL), discutiu o papel crucial da litigância climática no enfrentamento

Leia Mais »