+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Carta aberta para garantir a liberdade das ONGs na Amazônia

Não é nenhuma novidade que a gestão Bolsonaro tem criado cada vez mais formas para impedir que as organizações socioambientais cumpram o papel de fiscalizar e cobrar ações responsáveis do governo.

Nos deparamos, agora, com mais uma tentativa de calar os movimentos.

Segundo documentos obtidos pelo jornal Estadão, consta, entre as metas do Conselho Nacional da Amazônia Legal, “obter o controle de 100% das ONGs que atuam na Região Amazônica, até 2022, a fim de autorizar somente aquelas que atendam aos interesses nacionais”.

Enquanto associam o “interesse nacional” à extinção da autonomia das ONGs — que há décadas protegem o território amazônico e exigem responsabilidade dos governos — o Brasil é confrontado com estatísticas preocupantes.

O desmatamento da Amazônia no mês passado foi recorde, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que apontou um crescimento de 37% em relação a outubro de 2019.

Houve um aumento de 9.6% nas emissões de carbono em 2019 em comparação com o ano anterior.

De acordo com este novo estudo do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), divulgado pelo Observatório do Clima do Brasil, o aumento está diretamente relacionado aos esforços de desmatamento na Amazônia.

O país lançou na atmosfera, no último ano, 2,17 bilhões de toneladas de dióxido de carbono.

Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro, que assumiu o cargo em janeiro de 2019, ignora os números e reduz drasticamente as proteções ambientais e outras regulamentações destinadas a conter a destruição da Amazônia.

Por isso, uma carta aberta foi assinada por mais de 100 entidades ligadas ao meio ambiente rejeitando o conceito de controle das ONGs na Amazônia.

A Arayara, como uma organização que trabalha há mais de 25 anos em prol de iniciativas de proteção ao meio ambiente e às populações em risco, assina a carta e reforça a importância de combater as constantes tentativas de calar as organizações.

Ressaltamos que “a atuação de organizações da sociedade civil é a expressão viva do pluralismo de ideias e sua liberdade está garantida na Constituição”.

Leia a carta na íntegra aqui.

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

1 Comentário

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: Como a proposta de Alcolumbre adotada por Lula deve acelerar obras de impacto na Amazônia

Modalidade especial prioriza projetos considerados estratégicos pelo governo. Ambientalistas veem risco de uso de critérios políticos. Senador tem defendido celeridade e ministério diz que parâmetros técnicos serão adotados Qual é o papel e a importância do Brasil na COP? A Licença Ambiental Especial (LAE) – parte do novo licenciamento ambiental aprovado em agosto – deve acelerar a aprovação de empreendimentos

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Ibama nega licença para usina térmica bilionária de “rei do gás”

Projeto da UTE Brasília, da Termo Norte, prevê 1.470 MW de potência instalada; autarquia ambiental citou impactos para escola e para rio no DF Com 1.470 MW (megawatts) de potência e usando gás natural, o projeto é orçado em R$ 6,5 bilhões e tem como sócio o empresário baiano Carlos Suarez, conhecido como “rei do gás”. Com o indeferimento, a UTE Brasília fica impedida

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Ibama nega licença para usina termelétrica em Brasília por inviabilidade ambiental

A poucos dias da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) indeferiu a Licença Prévia da Usina Termelétrica (UTE) Brasília, planejada para funcionar com gás natural fóssil e potência de 1.470 MW no Distrito Federal. A decisão, fundamentada no Parecer Técnico nº 132/2025-Coert/CGTef/Dilic, apontou a inviabilidade ambiental e

Leia Mais »

Workshop da presidência da COP30 discute soluções climáticas baseadas no oceano

No dia 15 de outubro de 2025, o Instituto Internacional ARAYARA participou do workshop “Mutirão Azul: Acelerando Soluções Climáticas Baseadas no Oceano”, organizado pela presidência da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). O encontro reuniu representantes da sociedade civil, povos indígenas, comunidades tradicionais, academia, investidores e órgãos governamentais envolvidos com as agendas de oceano e clima, e

Leia Mais »