+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

Ataque de gafanhotos na África é situação sem precedentes, avalia a FAO

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) reforçou nos últimos dias o alerta sobre a proliferação de gafanhotos que atinge áreas rurais em países do leste africano, como Etiópia, Quênia e Somália. Em comunicado recente, a instituição manifesta preocupação com a possibilidade de a praga se espalhar por outros países, se não for feito um controle eficiente.

“Tornou-se uma situação de dimensões internacionais que ameaça a segurança alimentar de toda essa sub-região”, afirmou o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, no comunicado, acrescentando que a instituição tem adotado mecanismos de ação coletiva para lidar com o que chama de crise.

Na avaliação da FAO, a situação atual é sem precedentes. Segundo a agência das Nações Unidas, as nuvens de gafanhotos podem ter milhões de insetos e conseguem se mover por cerca de 150 quilômetros em um dia. A avaliação é de que o clima na região leste da África favorece a reprodução dos insetos, cuja infestação está maior e mais rápida que a capacidade das autoridades de lidar com o problema.

Ainda conforme a agência, considerando o tamanho das nuvens, o controle aéreo é a única maneira efetiva de se reduzir a população de gafanhotos. Essas operações precisam aumentar rapidamente na Etiópia e no Quênia. Nas estimativas mais conservadoras da FAO, são necessários cerca de US$ 70 milhões para controlar a praga e garantir a subsistência nos países mais afetados.

“As comunidades da África Oriental já têm sido afetadas por longas secas, que comprometeram sua capacidade de produzir alimentos e viver. Precisamos ajudá-las a se reerguer assim que os gafanhotos irem embora”, diz Dongyu.

Em um vídeo postado nas redes sociais da FAO, o diretor de emergências da instituição, Dominique Burgeon, reforça o alerta e a necessidade de ação. “Estamos em uma região onde 11 milhões de pessoas estão sob a ameaça de insegurança alimentar. Portanto, temos que fazer todos os esforços possíveis”, diz ele, em Lengusaka, no Quênia.

Fonte: Globo Rural

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

“Xô Termelétrica”: audiência sobre UTE Brasília é suspensa após protestos e denúncias de irregularidades

Ato popular, falhas de segurança e ação judicial paralisam processo de licenciamento da termelétrica que ameaça o Rio Melchior e pode agravar a crise hídrica no DF. A audiência pública para apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da Usina Termelétrica (UTE) Brasília, prevista para a última terça-feira (17), foi oficialmente suspensa pelo Instituto

Leia Mais »

NOTA DE REPÚDIO : jabutis da Lei das Eólicas Offshore

A Lei nº 15.097, de 10 de janeiro de 2025 que deveria disciplinar apenas sobre  o aproveitamento de potencial energético offshore no Brasil, hoje pode representar o maior retrocesso para a transição energética justa e sustentável em nosso país, caso o Veto nº 3/2025 (Marco Regulatório de Energia “Offshore”) seja integralmente derrubado no Senado Federal.  O Congresso incluiu a análise

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: ONGs questionam emissões de carbono e falta de consulta a indígenas em oferta de 172 áreas para exploração

Organizações ambientalistas e representantes de povos indígenas protestaram no Brasil e na Alemanha contra o leilão de concessão de áreas para exploração e produção de petróleo realizado no Rio de Janeiro nesta terça-feira (17). Com o slogan “o leilão do juízo final”, o Instituto Internacional Arayara reuniu lideranças de povos que podem ser afetados pela exploração, seguindo estratégia que incluiu denúncia à

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Sob críticas, ANP leiloa 19 blocos de petróleo na foz do Amazonas por R$ 844 milhões

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) concedeu, nesta terça-feira (17), a exploração de 19 blocos petroleiros na foz do rio Amazonas a dois consórcios empresariais, em um leilão criticado por ambientalistas, enquanto o Brasil se prepara para sediar, em novembro, a COP30, a conferência climática da ONU. Dezenove dos 47 blocos petroleiros localizados na bacia da

Leia Mais »