O Instituto Internacional ARAYARA esteve presente na 10ª Reunião Ordinária do Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas (FGMC), realizada na última quinta-feira (20/3) pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). Representando a organização, o voluntário e ativista ambiental Yuri Silva, que também atua como delegado na 5ª Conferência Estadual de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, participou do encontro.
A reunião, conduzida pela secretária da Sema e presidente do fórum, Marjorie Kauffmann, ocorreu na sede da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), em Porto Alegre, com transmissão ao vivo pelo YouTube.
Criado pelo Decreto nº 56.437/2022 e posteriormente modificado pelo Decreto nº 57.063/2023, o Fórum é uma iniciativa do Governo do Rio Grande do Sul destinada a promover debates e propor ações governamentais, com a participação da sociedade, voltadas à mitigação, redução e adaptação às mudanças climáticas globais.
Entre os temas abordados no encontro, destacam-se a atualização sobre a Conformidade Climática, apresentada pelo Iclei – Governos Locais Pela Sustentabilidade, além da contração de novas estações de monitoramento da qualidade do ar no Estado. Também foi debatida a redução das emissões de metano no setor de resíduos sólidos urbanos, com apresentação do especialista Caio Raposo.
Plano estadual de Transição Energética
Em outubro de 2024, durante o encontro, a secretária Sema anunciou a criação de uma Comissão Técnica para acompanhar a elaboração do Plano Estadual de Transição Energética Justa e Sustentável do Rio Grande do Sul.
A iniciativa atende a uma recomendação do Ministério Público Estadual, resultante de uma Ação Civil Pública movida pela ARAYARA, que reivindicou a formação de um comitê participativo para planejar a transição energética e o descomissionamento do setor termoelétrico movido a combustíveis fósseis. Além disso, a instituição também formalizou um pedido para integrar permanentemente o Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas (FGMC).
O Plano Estadual de Transição Energética Justa visa reduzir a dependência do carvão em 19 municípios gaúchos, fortemente impactados pela cadeia carbonífera e pelos efeitos das mudanças climáticas.
.O diretor técnico da ARAYARA, Juliano Bueno de Araújo, alerta para a tragédia vivida pelo estado do RS em 2023, que afetou mais de 2,3 milhões de pessoas e 95% dos seus municípios. “Reafirmamos o nosso compromisso em colaborar com o governo do RS na elaboração do primeiro Plano Estadual de Transição Energética Justa e Sustentável do Brasil para a reconstrução do estado”, declarou o diretor técnico da ARAYARA, doutor em Riscos e Emergências Ambientais, Juliano Bueno de Araújo.
A próxima reunião do FGMC está prevista para o dia 10 de julho, na Universidade de Caxias do Sul (UCS).