+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

ARAYARA na Mídia: Relatório revela bilhões de dólares em petróleo e gás e alerta que a Amazônia pode perder sua batalha climática

Relatório internacional revela impacto direto de bancos globais e amplia alerta sobre ponto de não retorno do bioma

Primeiramente, um relatório divulgado em 29 de setembro de 2024 expôs o financiamento bilionário de combustíveis fósseis na América Latina e Caribe. Além disso, a publicação “The Money Trail Behind Fossil Fuel Expansion in Latin America and the Caribbean” reuniu organizações da Alemanha, Argentina, Brasil, México e Peru. Assim, o documento mostrou que 290 bancos financiaram novos projetos de petróleo e gás entre 2022 e 2024, pressionando ecossistemas e comunidades.

Bancos no centro do financiamento fóssil

De início, o Santander lidera com US$ 9,9 bilhões em combustíveis fósseis. Em seguida, aparecem JPMorgan Chase (US$ 8,1 bilhões), Citigroup (US$ 7,9 bilhões) e Scotiabank (US$ 7,1 bilhões). Além disso, embora publique relatórios de sustentabilidade, o Santander mantém protagonismo na expansão fóssil. Ademais, em 2023, o banco anunciou € 220 bilhões em financiamentos verdes até 2030. Porém, esse anúncio contrasta com a prática de apoio à exploração na região.

Petrobras como maior beneficiária no Brasil

No Brasil, a Petrobras concentra 29% da expansão exploratória regional. Além disso, o capítulo brasileiro, elaborado pelo Instituto Internacional Arayara, utilizou dados do Monitor Amazônia Livre de Petróleo e Gás e do Monitor Oceano. Desse modo, a análise apontou risco para 78% da biodiversidade amazônica. Além disso, o avanço ameaça 2,7 milhões de indígenas que dependem da floresta. Por fim, 10 milhões de hectares estão em risco, equivalentes a 1 milhão de campos de futebol.

Declarações de especialistas expõem contradições

Conforme Nicole Figueirêdo, CEO do Instituto Internacional Arayara, a Petrobras aposta em perfurações ultraprofundas. Além disso, a executiva afirma que a narrativa sobre exaustão do pré-sal não procede. Assim, ao menos duas grandes reservas seguem disponíveis para exploração. Entretanto, a estatal expande operações na Guiana e na Costa Amazônica, alegando, sem provas, qualidade superior do petróleo. Portanto, segundo Nicole, as ações de transição energética permanecem mínimas e insuficientes diante da crise climática.

Amazônia próxima do ponto de não retorno

Sobretudo, o relatório alerta para o ponto de não retorno da Amazônia. Entre 1980 e 2030, o Brasil perderá 81% de 55 milhões de hectares por desmatamento. Além disso, projeções indicam perda de até 25% da cobertura em breve. Assim, o bioma comprometerá a capacidade de regeneração. Ademais, a floresta absorve entre 20% e 30% do CO₂ mundial. Portanto, a perda dessa função afetará chuvas, agricultura e segurança hídrica em escala continental. Por conseguinte, o impacto climático atingirá milhões de pessoas na região.

Ferramenta interativa amplia transparência

Paralelamente, um monitor interativo ficará disponível a partir de 1º de outubro de 2024. Além disso, a ferramenta permitirá consultar financiadores, valores por país e empresas beneficiadas. Assim, jornalistas e pesquisadores acessarão dados centralizados para acompanhamento público. Desse modo, a sociedade terá mais transparência sobre a expansão do petróleo e gás.

O dilema entre lucro e preservação

Por um lado, bancos internacionais reforçam compromissos públicos com a transição verde. Por outro lado, os números ainda direcionam bilhões a combustíveis fósseis. Portanto, a mudança energética atrasará e a pressão sobre comunidades aumentará. Além disso, o modelo atual fortalece economias externas e fragiliza a sustentabilidade local.

Assim, o debate central permanece: acelerar a exploração para lucros imediatos ou investir em transição responsável para preservar a Amazônia e garantir segurança climática?

Foto : reprodução/ Click Petróleo e Gás

Fonte: Click Petróleo e Gás

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: Véget ért a szénalapú energiatermelés korszaka Brazíliában: az Ouro Negro erőmű engedélyezési eljárását lezárták

Belém, COP30 nyitónapja: Az Ibama, Brazília környezetvédelmi hatósága hivatalosan bejelentette az Ouro Negro széntüzelésű termelőerőmű (UTE) engedélyezési folyamatának végleges lezárását. Ez a döntés egyben az utolsó, Latin-Amerikában vizsgált fosszilis szénalapú projekt lezárását is jelenti, amely jelentős mérföldkő a régió energetikai átmenetében. A projekt és az engedélyezési folyamat háttere Az Ouro Negro projekt egy 600 MW teljesítményű széntüzelésű erőmű megépítését célozta Pedras

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Khi than đá vẫn trụ vững ở Brazil giữa thời kỳ năng lượng tái tạo

Tại Brazil, nơi năng lượng tái tạo chiếm hơn 80% sản lượng điện, ngành than vẫn tồn tại nhờ lợi ích địa phương và thiếu chiến lược chuyển đổi, phơi bày những thách thức khi nền kinh tế xanh phải dung hòa với sinh kế của hàng nghìn lao động.   ổng thống Brazil Luiz Inacio Lula da Silva phát

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Welcome to the planet’s newest oil frontier

Off Brazil’s northeastern coast, where the sediment-heavy water of the vast Amazon River tips out into the Atlantic, are two very different types of treasure. The first is an ecological gem: a 3,600 square-mile deepwater coral reef discovered less than a decade ago. The second treasure puts the first in immediate danger. Billions of barrels of oil may lie in the ancient

Leia Mais »

Silêncio Judicial: Lançamento de Pesquisa Inédita na COP30 Expõe Assédio Contra Defensores Climáticos

O ARAYARA Amazon Climate Hub sediou, nesta terça-feira (11), o lançamento da pesquisa inédita “Mapeamento da Litigância Estratégica contra a Participação Pública no Brasil”, que revela como grandes atores utilizam o sistema de Justiça para intimidar, silenciar e criminalizar defensores ambientais, indígenas e quilombolas. O evento, com o tema “Litigância Estratégica contra a Participação Pública (LEPPs): tendências, impactos e caminhos

Leia Mais »