Ambientalistas comemoram o resultado e alertam que área da Bacia Potiguar, a 398 km de Noronha, deve voltar a ser oferecida em próximos leilões
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis tentou, pela terceira vez, leiloar blocos de exploração na Bacia Potiguar, localizada a 398 km de Fernando de Noronha.
No leilão realizado nesta terça-feira (17), não houve propostas, o que foi comemorado por ambientalistas.
A região foi colocada em leilão pela ANP, apesar dos alertas de ambientalistas sobre os riscos de desastres ambientais.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tentou, pela terceira vez, leiloar blocos de exploração na Bacia Potiguar, localizada a 398 km de Fernando de Noronha. No leilão realizado nesta terça-feira (17), no Rio de Janeiro, não houve propostas, o que foi comemorado por ambientalistas.
A região foi disponibilizada para exploração de petróleo e gás em leilão pela ANP, apesar dos alertas de ambientalistas sobre os riscos de desastres ambientais.
O Instituto Arayara fez um estudo sobre os riscos e entrou na Justiça para tentar impedir o leilão da área. A entidade também mobilizou possíveis empresas interessadas na exploração.
“Notificamos empresas interessadas da Europa e da Ásia, apresentamos os riscos jurídicos e os erros nos estudos feitos pela ANP. Elas entenderam que não apresentar propostas era a decisão mais adequada. Isso é motivo para comemorar”, afirmou Juliano Bueno, diretor do Instituto Arayara.
A chefe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em Noronha, Lílian Hangae, também comemorou a falta de propostas.
“É um alívio, acredito que a mobilização social contrária a disponibilidade dos blocos da Bacia Potiguar, influenciou diretamente” falou Lílian, que agradeceu aos especialistas que se mobilizaram contra o leilão.
Novas propostas
Esta foi a terceira vez que a ANP colocou a área em leilão para exploração de petróleo e gás. Em todas as tentativas, não houve propostas para os blocos próximos à ilha.
Apesar da falta de propostas, Bueno alerta que é preciso continuar vigilante.“A campanha Salve Noronha (veja vídeo baixo) precisa ser permanente. Todos os anos essa área volta a ser oferecida em leilões. Diretores da ANP nos informaram que, no próximo leilão, devem insistir na oferta desse bloco”, afirmou Juliano Bueno.
O g1 entrou em contato com a ANP para avaliação do resultado do leilão e para saber se a área vai voltar a ser ofertada, mas até a última atualização desta matéria não recebemos resposta.
Fonte: G1
Foto: reprodução / Creative Commons