+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

ARAYARA na Mídia: Organizações pedem medidas contra influência de agro e combustíveis fósseis na COP30

Ambientalistas alegam que lobistas da indústria de combustíveis fósseis têm inundado os espaços de negociação climática global

BRASÍLIA — Um grupo de mais de 260 organizações de diversos países divulgou uma carta (.pdf), nesta terça (18/3), cobrando da presidência da COP30 a adoção de mecanismos eficazes de transparência e medidas contra a influência indevida do lobby dos combustíveis fósseis e agronegócio.

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas está marcada para novembro, em Belém (PA), sob a presidência do Brasil. O documento foi enviado ao governo brasileiro e ao secretariado da UNFCCC (Convenção da ONU sobre o Clima).

A preocupação das organizações ambientais e climáticas é evitar o bloqueio, por parte de representantes da indústria de petróleo, gás e carvão, além do agro, de acordos ambiciosos para implementação de políticas de corte de emissões de gases de efeito estufa.

“Com queimadas avassaladoras em Los Angeles, trágicas enchentes no Brasil e no Sul Asiático, secas na Amazônia e na África Central, estamos adentrando uma nova realidade perigosa que demanda uma ação climática urgente. Entretanto, por muito tempo, lobistas do ramo de combustíveis fósseis têm inundado os espaços de negociação climática global anual, as Conferências das Partes (COPs)”, começa a carta.

“Ao lado de outras indústrias altamente poluidoras (por exemplo, o setor agropecuário no Brasil), os lobistas têm atrasado os processos de eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, de redução das emissões e de proteção das comunidades afetadas”, critica.

O documento é assinado por organizações internacionais como Oxfam International, WWF, Human Rights Watch, Greenpeace International, Médicos sem Fronteiras, Global Witness e Fundação Arayara. Entre as brasileiras estão Observatório do Clima, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e Instituto E+.

O grupo sugere a adoção de quatro medidas pela presidência brasileira da COP30, no curto prazo, e pela UNFCCC, nas próximas conferências: política de conflito de interesses, padrões de transparência, condicionamento de acordos do país anfitrião com indústria poluidoras à aprovação da UNFCCC, e reformas no processo de seleção da presidência das COPs.

“Uma estrutura com transparência e accountability, que priorize as pessoas ao invés dos agentes poluidores, recuperará a confiança nos processos da COP e acelerará o avanço dos objetivos do Acordo de Paris. Sem essas reformas, há o risco de que a diplomacia climática global permaneça um exercício vazio, incapaz de combater a crise mais urgente da atualidade”, completa.

Fonte: Eixos

Foto: reprodução: Peter Kronish/COP29

 

 

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Audiência pública no Congresso discutirá impactos socioeconômicos da exploração do petróleo

Na próxima quarta-feira (09/10), às 10h, a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realiza a audiência pública “Impactos da exploração do petróleo no desenvolvimento socioeconômico”, no Anexo II, Plenário 03 da Câmara dos Deputados. O Instituto Internacional ARAYARA estará presente ao lado de outros representantes da sociedade civil, organizações socioambientais e comunidades diretamente afetadas pela indústria petrolífera.

Leia Mais »

Atualização do Monitor Oceano revela aumento da pressão da indústria de petróleo sobre áreas sensíveis no Brasil

Nova versão da plataforma do Instituto Internacional Arayara traz avanços em transparência e mostra expansão preocupante de empreendimentos de petróleo e gás em regiões prioritárias para conservação marinha O Instituto Internacional Arayara acaba de lançar uma atualização da plataforma Monitor Oceano, ferramenta geoespacial que acompanha a expansão da indústria de petróleo e gás sobre áreas ambientalmente sensíveis do território oceânico

Leia Mais »

Documento fortalece a luta por uma transição energética justa no Chile e na Colômbia

Foi lançado, nesta segunda-feira (30), o documento “Salvaguardas para una Transición Energética Justa en Chile y Colombia”, durante evento realizado no Chile e transmitido pelo canal da Alianza Potencia Energética Latinoamérica. A publicação reúne recomendações para proteger comunidades e territórios no processo de transição energética, a partir de experiências coletivas no Chile e na Colômbia. O Instituto Internacional ARAYARA esteve

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: La explotación de petróleo se está expandiendo en América Latina: informe

Un informe reveló que más de 190 compañías de petróleo, gas y carbón están expandiendo sus operaciones en 24 países de América Latina y el Caribe. Estas son respaldadas por bancos e inversionistas de potencias mundiales como Estados Unidos. El informe, realizado por las ONGs Urgewald, Amazon Watch y el Instituto Internacional Arayara, afirmó que grandes empresas en la industria extractiva,

Leia Mais »