+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

ARAYARA na Mídia: Instituto Arayara move 5 ações contra próximo leilão de áreas de petróleo da ANP

O Instituto Internacional Arayara moveu cinco ações civis públicas, em cinco Estados diferentes, contra o próximo leilão de áreas exploratórias de petróleo e gás do Brasil em 17 de junho, pedindo ainda a exclusão de um total de 117 dos 172 blocos previstos para serem ofertados.

As ações civis públicas, embasadas em estudos técnicos, apontam “altos riscos socioambientais” em blocos ofertados na Foz do Amazonas, Fernando de Noronha, Mato Grosso e Rondônia, danos a terras indígenas e unidades de conservação, segundo representantes da organização da sociedade civil.

Para o presidente e diretor técnico do Arayara, Juliano Bueno de Araújo, há “erros e equívocos realizados pela Agência Nacional de Petróleo, de insistir na disponibilidade de blocos que não cumprem os requisitos legais brasileiros ou internacionais”.

Os movimentos se somam a uma recomendação apresentada pelo Ministério Público federal à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), responsável pelo leilão, pedindo que suspenda “imediatamente” a concorrência ou que exclua a oferta dos 47 blocos da Bacia da Foz do Rio Amazonas.

Procurada, a ANP não respondeu imediatamente a pedidos de comentários.

Dentre os pontos levantados, o instituto disse que há 16 blocos, na Bacia Potiguar, próximos ou sobrepostos à Cadeia de Montes Submarinos de Fernando de Noronha e ao Atol das Rocas, “áreas reconhecidas internacionalmente por sua biodiversidade”.

O instituto também afirmou que há seis blocos na Bacia do Parecis que violam direitos dos povos indígenas, pela ausência de consulta Livre, Prévia e Informada e sobreposição a Áreas de Influência Direta (AID) de Terras Indígenas, dentre outras questões.

A diretora executiva do Instituto Internacional Arayara, Nicole Figueiredo, pontuou que existe uma vontade de expansão da fronteira de exploração de petróleo no Brasil, tanto em terra quanto em mar, e que um dos argumentos seria que o petróleo trará desenvolvimento para outras regiões.

“Quando a gente observa o Rio de Janeiro, que é o Estado que hoje concentra a exploração do petróleo… temos um Estado quebrado, com altos índices de corrupção, onde (vários) governadores foram presos, e com um índice de desenvolvimento muito baixo, violência alta”, afirmou Figueiredo.

“O petróleo, a exploração do petróleo por si só, não traz todo o desenvolvimento que estão dizendo.”

A diretora também destacou o argumento da indústria de que a expansão seria necessária uma vez que reservas do pré-sal estariam em declínio. “Esse argumento não vale, porque tem blocos que foram recentemente descobertos na área do pré-sal”, pontuou.

“Não existe uma demanda, uma urgência, uma necessidade de expandir”, defendeu.

Dentre os argumentos jurídicos, o instituto apontou que a licitação considera uma Manifestação Conjunta entre Ministério de Minas e Energia e o Ministério do Meio Ambiente de 2020, que expira em 18 de junho.

Essa posição, fechada no governo anterior e que de alguma forma permite a oferta de determinados blocos no certame, vai expirar um dia depois do leilão. Além disso, quando os contratos forem assinados, em novembro, não estará mais válida.

O leilão, sob regime de concessão, prevê a oferta de áreas em cinco bacias, sendo Foz do Rio Amazonas, Santos, Pelotas e Potiguar, no mar, e Parecis, em terra. Ele ocorre ainda após o Brasil não ter ofertado novas áreas em 2024.

Fonte: Terra

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: “Fora Rei do Gás”: protesto derruba audiência de térmica em Brasília

Termo Norte planeja a construção e conexão da UTE Brasília, de 1.470 MW; organizações ambientais protestam contra empreendimento   BRASÍLIA — Com apitos, cartazes e gritos de “Fora Rei do Gás” e “Xô, Termo Norte”, organizações ambientais e da comunidade de Samambaia conseguiram impedir a realização da audiência pública para licenciamento ambiental da usina termelétrica Brasília, que deveria ocorrer na noite desta terça (17/6). O

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Brazil auctions off several Amazon oil sites

Brazil auctioned off 34 of 172 potential oil blocks near the Amazon River, aiming to boost oil production in untapped regions ahead of the UN climate talks in the Amazon. Major companies like Chevron, ExxonMobil, and Petrobras secured high-potential offshore sites   Brasilandia: Brazil auctioned off several land and offshore potential oil sites near the Amazon River on Tuesday as it

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Brasile, aggiudicati 19 blocchi petroliferi nel Bacino amazzonico

Ministro Silveira brinda. Proteste di indigeni e ambientalisti. Le compagnie petrolifere Petrobras, ExxonMobil, Chevron e Cnpc si sono aggiudicate 19 blocchi per l’esplorazione di petrolio e gas in Brasile, nel bacino di Foz do Amazonas, al largo della foce del Rio delle Amazzoni, in un’asta indetta dall’Agenzia nazionale del petrolio. La società statale Petrobras ed ExxonMobil, in un consorzio al

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Exxon et Chevron acquièrent des blocs dans le bassin écologiquement sensible de Foz do Amazonas au Brésil

Exxon Mobil XOM.N et Chevron CVX.N ont fait mardi leurs premiers pas vers l’exploration pétrolière dans le bassin brésilien de Foz do Amazonas, en s’emparant de blocs offshore mis aux enchères par le pays dans cette région prometteuse mais sensible du point de vue de l’environnement.   Il s’agit de la première initiative récente d’entreprises autres que Petrobras PETR4.SA , le géant pétrolier public brésilien, dans

Leia Mais »