+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

ARAYARA na Mídia: Geradora avança em licenciamento de térmica que seria beneficiada com derrubada de vetos no Congresso Nacional

Projeto prevê a conexão da UTE Brasília, de 1.470 MW, ao gasoduto Brasil Central, da TGBC

BRASÍLIA e RIO — A Termo Norte Energia, geradora que tem como sócio o empresário Carlos Suarez, conseguiu marcar a audiência pública para construção de uma térmica em Brasília (DF), onde não há suprimento de gás natural. O projeto estima um consumo de 5,80 milhões de m³ por dia e conta com a construção de um gasoduto por uma empresa do mesmo grupo. Ambos poderão ser beneficiados pelas emendas incluídas no projeto que criou um regime de contratação de eólicas offshore. E foram vetadas por Lula em janeiro.

O projeto prevê a conexão da UTE Brasília, de 1.470 MW, ao gasoduto Brasil Central, da TGBC. É um projeto que vem sendo desenvolvido há mais de 20 anos, sem sair do papel. O traçado prevê a conexão de São Carlos (SP) à capital do país. Envolve ainda um ramal de 200 metros da Cebgás, distribuidora não-operacional de Brasília. São todas empresas ligadas a Suarez, que é sócio da Termo Norte, por meio de participação na CS Energia. É sócio de José Carlos Garcez, na Termogás, que detém participação em distribuidoras, incluindo a de Brasília. Garcez é diretor da TGBC e conselheiro da Cebgas.

Ambientalistas se opõem ao projeto

audiência pública, etapa do licenciamento, está marcada para 12 de março e é alvo da oposição de ambientalistas. O Instituto Arayara aponta falta de transparência no processo de licenciamento – a data da audiência chegou a ser informada incorretamente no site da Termo Norte Energia. Os ambientalistas também citam que a região (Samambaia e Recanto das Emas) não possui disponibilidade hídrica suficiente para a operação de uma usina do porte planejado.

Já a Termo Norte afirma que a usina está sendo licenciada pelo Ibama e todos os aspectos socioambientais estão sendo abordados. A data da audiência foi corrigida no site consultoria contratada para conduzir o licenciamento.

“Todos os impactos estão sendo considerados pelo Ibama e as mitigações certamente estarão contidas na licença a ser concedida. Especificamente em relação a capacidade hídrica da região, a usina utilizará o resfriamento a ar, o que reduz em cerca de 95% o consumo de água quando comparada a tecnologia de torre úmida convencional”, explica em nota enviada à agência eixos.

A companhia defende ainda o papel da UTE como complementar às fontes renováveis.

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Midia: Projeto de Termelétrica em Brasília e PL da Devastação colocam o Cerrado em risco

Enquanto o Brasil reforça compromissos internacionais de combate à crise climática, o Distrito Federal se torna cenário de contradições ambientais e violações de direitos. De um lado, a tentativa de instalação da Usina Termelétrica (UTE) Brasília, em Samambaia, enfrenta resistência popular e judicial devido aos impactos no Cerrado e nas comunidades locais.   De outro, avança no Congresso Nacional o

Leia Mais »

Comunidade escolar reage à instalação de usina termoelétrica no Distrito Federal 

Diretora da Escola Classe Guariroba envia carta ao Ibama e denuncia risco de remoção da única escola rural da região A possível instalação da Usina Termoelétrica (UTE) Brasília, prevista para a região de Samambaia e Recanto das Emas, no Distrito Federal, segue gerando forte reação da comunidade local — especialmente da Escola Classe Guariroba, única instituição de ensino da zona

Leia Mais »

Contradições e colapso: o que a Guiana ensina para o Brasil?

A InfoAmazonia, em parceria com o Instituto Internacional ARAYARA, realizou uma importante expedição à Guiana em dezembro de 2024. Durante a viagem, diversas contradições foram testemunhadas de perto pelo engenheiro climático e de geociências Joubert Marques, que compartilha sua experiência e reflete sobre como a Guiana pode servir de exemplo do que não fazer na condução das políticas ambientais e

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Leilão tem 19 blocos arrematados

O leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última semana terminou com 34 blocos de exploração de petróleo arrematados nas bacias do Parecis, Foz do Amazonas, Santos e Pelotas: uma área de 28.359,55 quilômetros quadrados. No total, 172 áreas de exploração foram colocadas em leilão. Nove empresas vencedoras — duas nacionais e sete estrangeiras —

Leia Mais »