+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

ARAYARA na Mídia: CPI do Rio Melchior realiza segunda reunião nesta quinta-feira

Expectativa é de apresentação de novos requerimentos; na primeira reunião cinco pedidos foram aprovados

CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Rio Melchior na CLDF (Câmara Legislativa do DF) realiza nesta quinta-feira (10) a segunda reunião do colegiado. A expectativa, segundo a presidente da CPI, deputada Paula Belmonte (Cidadania), é que novos requerimentos sejam aprovados nesta reunião. A parlamentar defende que os deputados adotem uma abordagem integrada e escutem o poder público, órgãos reguladores, sociedade civil e empresas potencialmente poluidoras.

“Inicialmente, estamos focados em aprofundar o conhecimento sobre a situação do Rio e seus impactos na sustentabilidade do DF e Entorno”, explica.

A Comissão pretende apurar a origem da contaminação do rio; uma possível omissão dos órgãos de fiscalização; e os impactos da poluição na saúde dos moradores das regiões administrativas de Samambaia, Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol, onde vivem cerca de 1,3 milhão de pessoas. Os impactos da poluição atingem também o Rio Descoberto, que alimenta o reservatório de Corumbá 4.

Atualmente, o Rio Melchior está classificado no grau de poluição quatro, o pior índice de acordo com a legislação brasileira. Ou seja, a água é impróprio para consumo e para banho.

Na primeira reunião, a CPI aprovou cinco convocações para ouvir membros do Ibram (Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal), da Adasa (Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF), e da Sema (Secretaria de Meio Ambiente do DF).

Veja quem são:

  • Superintendente de Fiscalização, Auditoria e Monitoramento do Ibram, Simone de Moura Rosa;
  • Superintendente de Licenciamento Ambiental do Ibram, Nathália Lima de Araújo Almeida;
  • Presidente da Adasa, Raimundo da Silva Ribeiro Neto;
  • Subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Sema, Luciano Pereira Miguel; e
  • Secretário da Sema, Gutemberg Gomes.

A oitivas, no entanto, ainda não têm uma data definida para acontecer.

Veja pontos de instalação de usinaArayara/Divulgação – arquivo

Risco da termelétrica

Além da poluição no rio, a Comissão também pretende avaliar a proposta de instalação de uma usina termelétrica em Brasília entre as regiões de Samambaia e Recanto das Emas. A informação foi adiantada pela presidente da CPI, Paula Belmonte.

“Queremos estar ouvindo toda a análise técnica do Ibama e ouvir a comunidade em relação a essa termelétrica. Ela é algo que pode ser muito importante para a sociedade, devido à geração de empregos e crescimento da economia, mas só temos que tomar cuidado porque o rio [Melchior] já é classificado como grau 4, ou seja, não é propício nem para beber nem para tomar banho, e não podemos deixar que a usina transforme o rio em um rio morto”, defendeu.

O projeto da Usina Termelétrica Brasília pretende captar água do Rio Melchior para resfriar a temperatura da usina. Para a parlamentar, no entanto, isso pode causar impactos ambientais. “Quando ela [usina] devolve para o rio uma água em temperatura mais alta do que a natural, isso é sujeito a flora e fauna morrer e a termos uma proliferação muito maior de bactérias, pois sabemos que em um ambiente quente e abafado existe essa proliferação maior”, observou.

Fonte: R7

Foto: reprodução/ Termonorte

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

ARAYARA na Mídia: Avança diálogo com a sociedade civil sobre o Círculo de Ministros de Finanças da COP30

O Ministério da Fazenda do Brasil promoveu a segunda rodada de webinários sobre o tema, articulando contribuições nacionais e internacionais ao relatório do Círculo, que deverá ser apresentado em sua versão final em outubro. O Ministério da Fazenda do Brasil, em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (ICS), promoveu, nesta quinta-feira, 24/7, a segunda etapa dos webinários sobre o

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Ação Civil Pública pede a paralisação imediata da Usina de Candiota III

O Instituto Internacional Arayara protocolou uma Ação Civil Pública pedindo a paralisação imediata e definitiva das atividades da Usina Termelétrica (UTE) Candiota III. A iniciativa tem como base denúncias de crimes ambientais supostamente cometidos pelos operadores da planta. A ação é movida contra a empresa Âmbar Sul Energia S.A., responsável pela operação da usina, além da Agência Nacional de Energia

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Ação na Justiça pede suspensão imediata da usina Candiota 3

O Instituto Internacional Arayara protocolou uma Ação Civil Pública contra as operadoras da Usina Termelétrica (UTE) Candiota 3, que utiliza carvão mineral como fonte de energia, exigindo a paralisação imediata e definitiva das atividades da planta, localizada no município de Candiota, no Rio Grande do Sul. Conforme nota da entidade, a ação tem como alvos a empresa Âmbar Sul Energia,

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Arayara move ação civil pedindo suspensão da UTE Candiota

Usina à carvão no Rio Grande do Sul retomou operações em abril e é questionada por ambientalistas, que alegam infrações ambientais e emissões de gases fora dos padrões BRASÍLIA — O Instituto Arayara entrou com uma ação civil pública (ACP) contra a Âmbar Sul Energia alegando irregularidades na UTE Candiota III e pedindo a suspensão imediata das atividades. Na ação, o instituto alega histórico

Leia Mais »