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ARAYARA na Mídia: CPI do Rio Melchior realiza segunda reunião nesta quinta-feira

Expectativa é de apresentação de novos requerimentos; na primeira reunião cinco pedidos foram aprovados

CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Rio Melchior na CLDF (Câmara Legislativa do DF) realiza nesta quinta-feira (10) a segunda reunião do colegiado. A expectativa, segundo a presidente da CPI, deputada Paula Belmonte (Cidadania), é que novos requerimentos sejam aprovados nesta reunião. A parlamentar defende que os deputados adotem uma abordagem integrada e escutem o poder público, órgãos reguladores, sociedade civil e empresas potencialmente poluidoras.

“Inicialmente, estamos focados em aprofundar o conhecimento sobre a situação do Rio e seus impactos na sustentabilidade do DF e Entorno”, explica.

A Comissão pretende apurar a origem da contaminação do rio; uma possível omissão dos órgãos de fiscalização; e os impactos da poluição na saúde dos moradores das regiões administrativas de Samambaia, Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol, onde vivem cerca de 1,3 milhão de pessoas. Os impactos da poluição atingem também o Rio Descoberto, que alimenta o reservatório de Corumbá 4.

Atualmente, o Rio Melchior está classificado no grau de poluição quatro, o pior índice de acordo com a legislação brasileira. Ou seja, a água é impróprio para consumo e para banho.

Na primeira reunião, a CPI aprovou cinco convocações para ouvir membros do Ibram (Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal), da Adasa (Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF), e da Sema (Secretaria de Meio Ambiente do DF).

Veja quem são:

  • Superintendente de Fiscalização, Auditoria e Monitoramento do Ibram, Simone de Moura Rosa;
  • Superintendente de Licenciamento Ambiental do Ibram, Nathália Lima de Araújo Almeida;
  • Presidente da Adasa, Raimundo da Silva Ribeiro Neto;
  • Subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Sema, Luciano Pereira Miguel; e
  • Secretário da Sema, Gutemberg Gomes.

A oitivas, no entanto, ainda não têm uma data definida para acontecer.

Veja pontos de instalação de usinaArayara/Divulgação – arquivo

Risco da termelétrica

Além da poluição no rio, a Comissão também pretende avaliar a proposta de instalação de uma usina termelétrica em Brasília entre as regiões de Samambaia e Recanto das Emas. A informação foi adiantada pela presidente da CPI, Paula Belmonte.

“Queremos estar ouvindo toda a análise técnica do Ibama e ouvir a comunidade em relação a essa termelétrica. Ela é algo que pode ser muito importante para a sociedade, devido à geração de empregos e crescimento da economia, mas só temos que tomar cuidado porque o rio [Melchior] já é classificado como grau 4, ou seja, não é propício nem para beber nem para tomar banho, e não podemos deixar que a usina transforme o rio em um rio morto”, defendeu.

O projeto da Usina Termelétrica Brasília pretende captar água do Rio Melchior para resfriar a temperatura da usina. Para a parlamentar, no entanto, isso pode causar impactos ambientais. “Quando ela [usina] devolve para o rio uma água em temperatura mais alta do que a natural, isso é sujeito a flora e fauna morrer e a termos uma proliferação muito maior de bactérias, pois sabemos que em um ambiente quente e abafado existe essa proliferação maior”, observou.

Fonte: R7

Foto: reprodução/ Termonorte

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