+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

ARAYARA na Mídia: Ambientalistas entram com ação para interromper perfuração da Petrobras na Margem Equatorial

Oito organizações e redes dos movimentos ambientalistas, indígena, quilombola e de pescadores artesanais entraram na quarta-feira, 22, com uma ação na Justiça Federal do Pará contra o Ibama, a Petrobras e a União, pedindo anulação do licenciamento do bloco FZA-M-59, que permitiu à Petrobras iniciar a perfuração de petróleo na bacia sedimentar da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira.

 

A ação foi protocolada na 9ª Vara da cidade de Belém pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), a Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), a Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas), a Confrem (Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros e Marinhos), o Greenpeace Brasil, o Instituto Arayara, o Observatório do Clima e o WWF-Brasil também pedem liminar suspendendo imediatamente as atividades de perfuração, sob risco de danos irreversíveis ao meio ambiente.

 

Segundo a ação, não foi realizado o Estudo de Componente Indígena nem o Estudo de Componente Quilombola no licenciamento. Também não teria sido apresentado um estudo de modelagem que apontasse o que aconteceria com o óleo em caso de acidente, e o licenciamento ainda ignorou os impactos climáticos.

 

A licença de operação foi liberada para a Petrobras pelo Ibama com 29 condicionantes. Entre elas estão a implementação do Plano de Emergência Individual, Projeto de Monitoramento de Impactos de Plataformas e Embarcações sobre a Avifauna (PMAVE), Plano de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas (PPCEX), Projeto de Educação Ambiental dos Trabalhadores (PEAT), Projeto de Controle da Poluição (PCP), dentre outros.

 

O documento técnico também ressalta que a licença não exime a companhia da obtenção de autorizações junto a outros órgãos e instituições, se eventualmente exigíveis.

 

O bloco FZA-M-59, que abriga o poço de Morpho (onde os trabalhos de perfuração já começaram, segundo a Petrobras), é apenas o primeiro de uma série na bacia da Foz do Amazonas. Há outros oito blocos em licenciamento e 19 arrematados no leilão da ANP em junho.

 

“A abertura de uma nova fronteira exploratória do petróleo via liberação do bloco FZA-M-59 implicará, em plena crise climática, aumento na produção de combustíveis fósseis, que, por sua vez, elevará as emissões de gases de efeito estufa no país e no mundo”, argumentou o Instituto Arayara em nota.

 

Fonte: ISTOÉ

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Movimentos territoriais, costeiros e energéticos debatem justiça climática em evento do ARAYARA Amazon Climate Hub

Na manhã desta quarta-feira (12), o ARAYARA Amazon Climate Hub sediou o diálogo “Construindo Ação Coletiva pela Justiça Climática: Vozes dos Movimentos Territoriais, Costeiros e Energéticos”, reunindo líderes de povos indígenas, pescadores artesanais e comunidades tradicionais da América Latina, Caribe e África. O encontro teve como objetivo discutir estratégias de justiça climática e compartilhar soluções concretas para um futuro sustentável

Leia Mais »

Proteção dos direitos humanos é central na corrida por uma transição energética justa

No contexto da urgência climática, a transição energética tem avançado em escala global, com a expansão de projetos renováveis e o aumento da demanda por minerais de transição, como lítio, cobalto e níquel. No entanto, grande parte dessas iniciativas ocorrem em territórios indígenas e camponeses do Sul Global, gerando denúncias de violações de direitos humanos e impactos ambientais significativos. Para

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Véget ért a szénalapú energiatermelés korszaka Brazíliában: az Ouro Negro erőmű engedélyezési eljárását lezárták

Belém, COP30 nyitónapja: Az Ibama, Brazília környezetvédelmi hatósága hivatalosan bejelentette az Ouro Negro széntüzelésű termelőerőmű (UTE) engedélyezési folyamatának végleges lezárását. Ez a döntés egyben az utolsó, Latin-Amerikában vizsgált fosszilis szénalapú projekt lezárását is jelenti, amely jelentős mérföldkő a régió energetikai átmenetében. A projekt és az engedélyezési folyamat háttere Az Ouro Negro projekt egy 600 MW teljesítményű széntüzelésű erőmű megépítését célozta Pedras

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Khi than đá vẫn trụ vững ở Brazil giữa thời kỳ năng lượng tái tạo

Tại Brazil, nơi năng lượng tái tạo chiếm hơn 80% sản lượng điện, ngành than vẫn tồn tại nhờ lợi ích địa phương và thiếu chiến lược chuyển đổi, phơi bày những thách thức khi nền kinh tế xanh phải dung hòa với sinh kế của hàng nghìn lao động.   ổng thống Brazil Luiz Inacio Lula da Silva phát

Leia Mais »