O Instituto Internacional ARAYARA terá participação ativa na da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA), que acontece entre os dias 6 e 9 de maio, em Brasília. Após 11 anos sem edições, o evento retorna com a proposta de discutir a emergência climática e os caminhos para uma transformação ecológica no Brasil.
Promovida pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), a conferência reunirá representantes da sociedade civil, movimentos sociais, academia e setor público para debater estratégias que aumentem a resiliência do país frente às mudanças climáticas, com foco na redução das emissões de gases de efeito estufa. A tragédia climática no Rio Grande do Sul, que em 2024 deixou 184 mortos e 25 desaparecidos em decorrência de inundações e deslizamentos, será lembrada como símbolo da urgência em agir.
Atuação da ARAYARA nas etapas preparatórias
A ARAYARA teve papel fundamental nas etapas preparatórias da 5ª CNMA. A organização articulou Conferências Municipais e Intermunicipais em diversas regiões do país, totalizando mais de mil participantes engajados nos debates sobre mitigação, adaptação, transformação ecológica, justiça climática e educação ambiental.
Ao todo, foram promovidas 439 Conferências Municipais, 179 Intermunicipais (envolvendo 1.759 municípios) e 287 Conferências Livres. A ARAYARA acompanhou 27 Conferências Estaduais e Distrital.
Atividades e propostas da ARAYARA na etapa nacional
Durante esta última etapa da conferência, a nacional, a ARAYARA organizará quatro atividades autogestionadas, abordando os seguintes temas estratégicos:
- Transição energética justa e sustentável no RS, com foco na substituição da matriz de carvão e contribuição para o Plano Estadual de Transição Energética;
- Expansão do fracking no Brasil e seus riscos sociais e ambientais;
- Preparativos para a COP 30, promovendo a participação da sociedade civil e comunidades tradicionais;
- Expansão da indústria fóssil até 2050, com base nos dados do Monitor Energia da ARAYARA, destacando os subsídios, impactos em comunidades e povos tradicionais, como também o descumprimento das metas climáticas.
A instituição também será expositora na Feira de Biodiversidade, espaço paralelo ao evento principal que destaca soluções sustentáveis e ações socioambientais de todo o país.
Contribuições ao Caderno de Propostas da 5ª CNMA
Durante as etapas municipais e estaduais, a ARAYARA também participou ativamente da elaboração de propostas temáticas que compõem o Caderno da Conferência, com destaque para:
- Revogação das leis que prorrogam a exploração de carvão e proibição de novas minas a partir de 2030;
- Incentivo à energia limpa e renovável, com acesso ampliado e auditoria pública da matriz energética;
- Redução da produção e consumo de itens não biodegradáveis, como carvão e brinquedos plásticos;
- Promoção de agroecologia e energias renováveis com apoio a biodigestores, sistemas agroflorestais e pesca artesanal;
- Valorização dos povos tradicionais e indígenas, com garantia de direitos territoriais e combate ao racismo ambiental.
“A 5ª CNMA é um marco no fortalecimento da governança participativa e no reposicionamento do Brasil diante da emergência climática global. Nossa missão é garantir que a voz dos territórios impactados pela indústria fóssil seja ouvida nos espaços de decisão”, declarou Juliano Bueno de Araújo, diretor técnico da ARAYARA, doutor em Doutor em Urgências e Emergências Ambientais.
Mobilização nacional pela justiça climática
Araújo, que foi eleito um dos delegados na Conferência distrital do DF, ressalta que ao lado de parceiros locais, a ARAYARA ajudou a mobilizar conferências em diversos estados, contribuindo para que a base social do país tivesse espaço na formulação de políticas públicas. “Essas ações reforçam a missão da entidade de promover uma transição energética justa, inclusiva e sustentável”, completou.
Para mais informações sobre a atuação da ARAYARA nas conferências municipais e livres acesse: Conferências de Meio Ambiente – Instituto Internacional ARAYARA