+55 (41) 9 8445 0000 arayara@arayara.org

ARAYARA na Mídia: ARAYARA denuncia Termo Norte por desinformação sobre usina termoelétrica em Brasília

O Instituto Internacional ARAYARA protocolou nesta terça-feira 11 uma notificação junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) denunciando a divulgação incorreta da data da Audiência Pública referente ao licenciamento ambiental da Usina Termoelétrica (UTE) Brasília. A usina, empreendimento da Termo Norte Energia Ltda., será instalada nas Regiões administrativas de Samambaia e Recanto das Emas, no Distrito Federal.

Embora a empresa tenha corrigido em seus canais oficiais que a audiência pública não será mais realizada amanhã, dia 12 de fevereiro, conforme divulgado no aviso anterior, a Termo Norte afirma em suas plataformas que “Ainda não há confirmação oficial sobre esses detalhes e estão sob análise do IBAMA, apesar de a data de 12 de março de 2025 estar publicada em Diário Oficial da União, com horário e local definidos ( às 18h, no Auditório do SEST/SENAT – Unidade Samambaia).

Segundo o presidente do Instituto Internacional ARAYARA, Juliano Bueno de Araújo, a divulgação da data incorreta da audiência no site oficial Termonorte – Ambientare prejudica o acesso da população às informações. “É inaceitável que a Termo Norte desinforme a comunidade local sobre um empreendimento deste porte, que é de alto impacto ambiental e social. Protocolamos com urgência a notificação no Ibama para que a data correta seja devidamente informada”, declarou.

O evento tem como objetivo discutir o Estudo de Impacto Ambiental e o seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), esclarecer dúvidas e colher sugestões da comunidade sobre o empreendimento.

Riscos ambientais e preocupação da comunidade

De acordo com o gerente de Transição Energética da ARAYARA, John Würdig, a UTE Brasília, com capacidade de 1.470 MW, representa uma séria ameaça ambiental. “Esse empreendimento será instalado a apenas 35 quilômetros em linha reta da Praça dos Três Poderes e poderá causar danos irreversíveis à região”, alerta o engenheiro ambiental.

A comunidade local e o movimento “Salve o Rio Melchior” também se mobilizam contra o projeto. Newton Vieira, líder do movimento, destaca que a região já sofre com a poluição de diversos empreendimentos e não possui disponibilidade hídrica suficiente para a operação de uma usina desse porte. “O empreendimento prevê a instalação de um duto para captação de água do Rio Melchior e outro para descarte de efluentes. No entanto, o Relatório de Impacto Ambiental, que deveria trazer informações claras à população, não especifica os volumes de água necessários para a operação”, denuncia.

Falta de transparência

A falta de transparência no processo de licenciamento ambiental da UTE Brasília levanta preocupações sobre os impactos ambientais do projeto, especialmente em uma área já fragilizada pela contaminação dos recursos hídricos. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o RIMA estão disponíveis para consulta em diversos órgãos, como na Sede do Instituto Internacional ARAYARA, além de outras instituições em Brasília-DF.

“O Ibama deverá esclarecer detalhes do processo de licenciamento durante a Audiência Pública do dia 12/03/2025, às 18 horas e o Instituto Internacional ARAYARA estará presente com a comunidade para questionar os impactos desse empreendimento e exigir respostas sobre os riscos ambientais e sociais”, ressalta Araújo.

Fonte: Rota Verde

Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Posts Recentes

Receba as atualizações mais recentes

Faça parte da nossa rede

Sem spam, notificações apenas sobre novidades, campanhas, atualizações.

Leia também

Posts relacionados

Fábrica de fertilizantes no norte do Paraná aposta no carvão mineral e ambientalistas fazem alerta

O município de Sapopema, no norte do estado do Paraná, volta a ser destaque nas discussões sobre os limites do desenvolvimento econômico baseado em combustíveis fósseis.  Segundo dados do Monitor do Carvão Mineral, o projeto de uma fábrica de fertilizantes nitrogenados, estimado em 800 milhões de dólares, pretende utilizar o carvão mineral da região como insumo — justamente em um

Leia Mais »

Em ano de COP 30, LRCAP 2026 favorece empresários do carvão e exclui fontes limpas e mais baratas

A Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) manifesta surpresa e preocupação com as diretrizes adotadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para o Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) de 2026. Análise técnica das portarias postas em consulta pública indica que, inevitavelmente, o certame resultará em contratações mais caras, menos eficientes e mais poluentes que o esperado. Ao

Leia Mais »

ARAYARA na Mídia: Novo leilão de energia gera polêmica ao incluir fontes fósseis

Após 11 anos, governo abre consultas públicas que preveem a contratação de termelétricas fósseis, com subsídios milionários A 76 dias da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), o governo federal reacendeu uma polêmica no setor energético, ao publicar novas diretrizes para o Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) 2026. A medida, oficializada na última sexta-feira

Leia Mais »

Da Rio-92 à COP30: três décadas de promessas e a urgência de sair do papel

Em 1992, líderes de mais de 170 países se reuniram no Rio de Janeiro para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Cúpula da Terra ou, Eco-92. O encontro, que entrou para a história como Rio-92, marcou o primeiro esforço global de conscientização sobre os limites ambientais do planeta e resultou em acordos fundamentais, como

Leia Mais »