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ARAYARA assume cadeira no Comitê de Bacias Hidrográficas do Norte Pioneiro do Paraná

O Instituto Internacional ARAYARA passou a integrar oficialmente o Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Cinzas, Itararé, Paranapanema 1 e 2 — conhecido como CBH Norte Pioneiro do Paraná. A posse ocorreu durante a 8ª Reunião Extraordinária do colegiado, realizada na última quarta-feira (13), marcando o início do mandato 2025-2029.

Representada pela professora e ambientalista Izabel Cristina Marson (titular) e a Analista Técnico Socioambiental Daniela Barros (suplente), a ARAYARA ocupará a cadeira destinada às organizações não governamentais no segmento da Sociedade Civil Organizada.

Marson destaca que, com a nova composição, a ARAYARA pretende contribuir tecnicamente para pautas estratégicas, como o enfrentamento à poluição hídrica, a proteção de nascentes e a preservação de ecossistemas aquáticos que garantem água para consumo humano, produção agrícola e manutenção da biodiversidade.

O CBH Norte Pioneiro, criado pelo Decreto Estadual nº 5.427/2009, é um órgão colegiado de caráter consultivo, deliberativo e normativo, vinculado ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH/PR). Ele reúne representantes do poder público, usuários de recursos hídricos e entidades da sociedade civil para definir diretrizes e ações voltadas à preservação e uso sustentável das águas.

Durante a reunião, que aconteceu de forma remota e foi transmitida ao vivo pelo YouTube, também foram empossados outros representantes dos diferentes setores que compõem o comitê. Confira:

 

 

Participação social e políticas de adaptação

O diretor técnico do Instituto Arayara, Juliano Bueno, alerta que, embora o Brasil esteja entre os países mais ricos do mundo em recursos hídricos, já perdeu cerca de 40% de sua água disponível. “Precisamos avançar urgentemente na gestão e preservação da água. Já enfrentamos uma emergência climática, e é fundamental implementar políticas de adaptação”, afirmou.

Bueno chama atenção para a crise hídrica em municípios do Paraná e a necessidade urgente de adaptar estruturas públicas e residenciais às condições climáticas extremas. Ele recorda que, durante a 1ª Conferência Livre Intermunicipal de Meio Ambiente de Sapopema, Figueira e Ibaiti — realizada em janeiro deste ano pelo Instituto ARAYARA, Observatório do Carvão Mineral e ONG Fé, Paz e Clima — foram debatidos problemas ambientais como a contaminação da água por nitratos, agrotóxicos e coliformes fecais; a infraestrutura urbana inadequada para enfrentar chuvas intensas e ondas de calor; além da poluição industrial e dos impactos da mineração de carvão.

Segundo ele, o Brasil enfrenta uma crescente precarização na gestão da água, com desafios cada vez maiores para garantir a distribuição e preservação dos recursos hídricos. Esse cenário também expõe uma limitação significativa na participação social nos processos de discussão e decisão sobre o tema, apesar das promessas de mudanças.

“Precisamos dialogar sobre a substituição do carvão por energias renováveis, a recuperação de áreas degradadas e o fortalecimento da educação ambiental, entre outras medidas. A presença da ARAYARA reforça nosso compromisso com a defesa dos recursos hídricos e com o fortalecimento da gestão participativa da água na região”, completou Bueno.

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