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4,3 trilhões de dólares já foram investidos em empresas de carvão, petróleo e gás somente neste ano, aponta estudo

4,3 trilhões de dólares já foram investidos em empresas de carvão, petróleo e gás somente neste ano, aponta estudo

“Investindo no Caos Climático”, plataforma pública que monitora os investimentos em combustíveis fósseis em todo o mundo, recebeu sua atualização anual, demonstrando a participação de mais de 7.500 investidores globais, comprometidos com obrigações ou ações de empresas de combustíveis fósseis que somam 4,3 trilhões de dólares. Valor é maior do que o PIB de países como Reino Unido, França ou Itália.

A plataforma Investing in Climate Chaos (“Investindo no Caos Climático”, em tradução livre) revela as participações em combustíveis fósseis de mais de 7.500 investidores institucionais em todo o mundo. Os dados de investimento foram atualizados em maio de 2024 e mostram que os investidores detêm atualmente 4,3 trilhões de dólares em obrigações e ações de empresas de combustíveis fósseis.

Maiores investidores da indústria mundial de petróleo e gás 

Segundo a pesquisa, os quatro maiores investidores do mundo em combustíveis fósseis estão sediados nos EUA. Em primeiro lugar está a empresa de fundo de investimento Vanguard, com participações em carvão, petróleo e gás no valor de 413 bilhões de dólares.

Em segundo lugar está a maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock, com investimentos em combustíveis fósseis de 400 bilhões de dólares.

O terceiro maior investidor em combustíveis fósseis é a State Street, com US$ 171 bilhões. É seguido de perto pelo Capital Group, que detém 165 bilhões de dólares em empresas de carvão, petróleo e gás.

Coletivamente, estes quatro gestores de ativos detêm e gerem investimentos em combustíveis fósseis no valor de 1,1 bilhão de dólares.

Além dos EUA (US$ 2,8 trilhões), Canadá (US$ 254 bilhões), Japão (US$ 168 bilhões), Reino Unido (US$ 152 bilhões), Índia (US$ 115 bilhões), China (US$ 87 bilhões), Noruega (US$ 86 bilhões), Suíça (US$ 80 bilhões), França (71 bilhões de dólares) e Alemanha (70 bilhões de dólares) formam o grupo dos 10 primeiros países de onde saem os responsáveis por 91% dos investimentos na indústria de combustíveis fósseis detectados no estudo. Só os investimentos dos EUA representam 65% do total de investimentos em empresas de combustíveis fósseis.

Os trilhões das empresas produtoras de combustíveis fósseis

São 2.048 produtores de combustíveis fósseis entre as 2.928 empresas de combustíveis fósseis que estão no escopo desta pesquisa. Essas empresas produtoras de combustíveis fósseis estão explorando novas reservas de petróleo e gás ou planejando construir novas infraestruturas de combustíveis fósseis, tais como oleodutos, terminais de GNL ou centrais elétricas alimentadas a carvão e gás.

De acordo com os dados, quase 4 trilhões de dólares dos investimentos institucionais identificados são em empresas produtoras, que estão a desenvolver novos ativos de combustíveis fósseis.

Muito em petróleo e gás, ainda muito em carvão

Esta pesquisa abrange as empresas incluídas na Lista Global de Saída de Carvão (GCEL) e na Lista Global de Saída de Petróleo e Gás (GOGEL), ambas monitoras pela Urgewald*.

Carvão 

Em Maio de 2024, 5.260 investidores institucionais ainda detinham obrigações e ações de empresas do carvão que totalizavam 1,2 bilhões de dólares.

Mais de 95% das empresas na Lista Global de Saída de Carvão, o GCEL, não conseguiram definir uma data de saída do carvão e 40% ainda planejam desenvolver novos ativos de carvão.

Petróleo e Gás

7.245 investidores institucionais ainda investiram numa indústria de petróleo e gás, com um valor total de 3,8 bilhões de dólares.

A Lista Global de Saída de Petróleo e Gás, o GOGEL, mostra que 96% dos produtores de petróleo e gás estão a explorar e desenvolver novas reservas de petróleo e gás e que a indústria aumentou as suas despesas de capital anuais na exploração de petróleo e gás em mais de 30% desde 2021.

Crise Climática e os combustíveis fósseis

Inundações gigantescas, furacões catastróficos, incêndios devastadores e horríveis ondas de calor estão acontecendo em todo o mundo. Ao mesmo tempo, os investidores obtêm lucros gigantescos investindo em empresas de combustíveis fósseis que estão a causar exatamente esta crise climática.

Na COP 28, em Dubai, a comunidade internacional concordou em fazer a transição dos combustíveis fósseis. Em Maio de 2024, contudo, mais de 7.500 investidores institucionais ainda detinham obrigações e ações de empresas do carvão, do petróleo e do gás, alcançando o valor de 4,3 trilhões de dólares.

2024 é o ano do financiamento climático. Foi o tema número um na reunião das Nações Unidas sobre o clima em Bonn, na Alemanha, em Junho, e continuará a ser na COP 29 em Baku, Azerbaijão, em Dezembro. Mas os dados mostram que o financiamento climático ainda é uma pequena parcela em comparação com a onda gigantesca de bilhões que os investidores continuam a canalizar para a indústria dos combustíveis fósseis.

2024 precisa se tornar o ponto de virada, o ano em que os bancos centrais e os reguladores finalmente agirão de acordo com o Artigo 2.1(c) do Acordo de Paris e tomarão medidas para garantirem que os fluxos financeiros estejam alinhados com o Acordo de Paris, em vez de serem confrontados por ele. Os investidores institucionais precisam começar a transferir bilhões para impulsionar a transição energética e não para alimentar a expansão dos combustíveis fósseis.

Sobre a ONG por trás do estudo “Investindo no Caos Climático”

*Urgewald é uma organização ambiental e de direitos humanos sem fins lucrativos, com sede na Alemanha. Há 25 anos, a organização luta contra a destruição ambiental e pelos direitos das pessoas prejudicadas pelos interesses lucrativos das empresas.

Clique aqui para acessar a base de dados “Investindo no Caos Climático 2024”

Clique aqui para acessar a “Lista Global de Saída de Carvão” (Global Coal Exit List – GCEL)

Clique aqui para acessar a “Lista Global de Saída de Petróleo e Gás” (GOGEL)

Representantes del sector agrícola se unen contra el fracking

Representantes del sector agrícola se unen contra el fracking

El equipo de COESUS llevó a cabo una capacitación en contra de este método en la sede de AGERP en Balsas, Maranhão

 

¿Qué es el fracking?

El fracking, también conocido como fracturamiento hidráulico, es un proceso que implica la inyección a alta presión de grandes volúmenes de agua, productos químicos y arena en capas de roca subterránea para liberar el gas natural atrapado. Aunque es una técnica utilizada en varios países, es controvertida debido a los daños ambientales y ecológicos que causa, incluyendo la contaminación del agua subterránea, la emisión de gases de efecto invernadero, los terremotos inducidos, entre otros.

 

La sede de AGERP – Agencia Estatal de Investigación Agropecuaria y Extensión Rural – en Balsas, Maranhão, fue sede de una capacitación dirigida a representantes del sector agrícola, incluyendo sindicatos y cooperativas. También se llevó a cabo una conferencia de prensa, con la participación de afiliados de TV Globo en Maranhão, TV Mirante, SBT y TV Balsas. Las actividades tuvieron lugar el 20 de septiembre de 2022.

El equipo de COESUS – Coalición No Fracking Brasil por el Agua y la Vida, una campaña del Instituto Internacional Arayara, llevó a cabo la capacitación y posteriormente concedió entrevistas a los medios de comunicación presentes. Entre los temas tratados se encontraban los peligros de la explotación de gas de esquisto mediante la técnica del fracking en los municipios de Maranhão. Las estaciones de televisión convocaron a la población a participar en una audiencia pública que tuvo lugar el 21 del mismo mes en Balsas, con el objetivo de ampliar la movilización en defensa del medio ambiente y la calidad de vida.

Equipo de No Fracking Brasil en una audiencia pública en la ciudad de Balsas, Maranhão.

 

El director de AGERP, Manoel Carvalho Martins, invitó a COESUS a participar en un evento llamado Día de Campo, dirigido a agricultores familiares. En este evento, el equipo de COESUS tuvo la oportunidad de dar charlas sobre los impactos negativos del fracking, brindando información a los agricultores y reforzando la importancia de la preservación ambiental.

Esta asociación entre AGERP y COESUS muestra la preocupación conjunta por la agricultura familiar y la preservación del medio ambiente. El sector agrícola es fundamental para la economía de Maranhão, y la concientización sobre los peligros del fracking garantiza la sostenibilidad de las actividades agrícolas y la calidad de vida de las comunidades rurales.

Representantes del sector agrícola se unen contra el fracking

Representantes do setor agrícola se unem contra o fracking

A equipe da COESUS realizou uma capacitação contra o método na sede da AGERP em Balsas/MA

 

O que é o fracking?

O fracking – também chamado de fraturamento hidráulico – é um processo que envolve a injeção de grandes volumes de água, produtos químicos e areia, a alta pressão, em camadas de rocha do subsolo para liberar o gás natural que está preso. Apesar de ser uma técnica já utilizada em vários países, ela é controversa por causar danos ambientais e ecológicos, incluindo contaminação da água subterrânea, liberação de gases de efeito estufa, terremotos induzidos etc.

 

A sede da AGERP – Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural – em Balsas, no Maranhão, participou de uma capacitação voltada para representantes do setor agrícola, incluindo sindicatos e cooperativas. Também foi realizada uma coletiva de imprensa, contando com a participação de afiliadas da TV Globo no Maranhão, TV Mirante, SBT e TV Balsas. As ações ocorreram no dia 20 de setembro de 2022.

A equipe da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pela Água e Vida, uma campanha do Instituto Internacional Arayara, realizou a capacitação e, depois, concedeu entrevistas aos veículos de comunicação presentes. Entre os assuntos tratados estavam os perigos da exploração de gás de xisto pelo método de fracking nos municípios maranhenses. As emissoras de TV convocaram a população a participar de uma audiência pública que ocorreu no dia 21 do mesmo mês, em Balsas, para ampliar a mobilização em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida.

Equipe da Não Fracking Brasil em audiência pública na cidade de Balsas/MA.

 

O gestor da AGERP, Manoel Carvalho Martins, convidou a COESUS para participar de um evento chamado Dia de Campo, voltado para agricultores familiares. Nesse evento, a equipe da COESUS teve a oportunidade de palestrar sobre os impactos negativos do fracking, levando informações aos agricultores e reforçando a importância da preservação ambiental.

Essa parceria entre a AGERP e a COESUS mostra a preocupação em conjunto com a agricultura familiar e a preservação do meio ambiente. O setor agrícola é essencial para a economia do Maranhão, e a conscientização sobre os perigos do fracking garante a sustentabilidade das atividades agrícolas e a qualidade de vida das comunidades rurais.

Representantes del sector agrícola se unen contra el fracking

Agricultural sector representatives unite against fracking

The COESUS team carried out training against the method at the AGERP headquarters in Balsas/MA

 

What is fracking?

Fracking – also called hydraulic fracturing – is a process that involves injecting large volumes of water, chemicals and sand at high pressure into underground rock layers to release trapped natural gas. Despite being a technique already used in several countries, it is controversial because it causes environmental and ecological damage, including contamination of groundwater, release of greenhouse gases, induced earthquakes, etc.

The headquarters of AGERP – State Agency for Agricultural Research and Rural Extension – in Balsas, Maranhão, participated in a training course aimed at representatives of the agricultural sector, including unions and cooperatives. A press conference was also held, with the participation of affiliates of TV Globo in Maranhão, TV Mirante, SBT and TV Balsas. The actions took place on September 20, 2022.

The team from COESUS – Coalition No Fracking Brazil for Water and Life, a campaign by the Arayara International Institute, carried out the training and then gave interviews to the media present. Among the topics addressed were the dangers of shale gas exploration using the fracking method in the municipalities of Maranhão. The TV stations called on the population to participate in a public hearing that took place on the 21st of the same month, in Balsas, to expand mobilization in defense of the environment and quality of life.

The Não Fracking Brasil team at a public hearing in the city of Balsas/MA.

 

 

The manager of AGERP, Manoel Carvalho Martins, invited COESUS to participate in an event called Field Day, aimed at family farmers. At this event, the COESUS team had the opportunity to speak about the negative impacts of fracking, providing information to farmers and reinforcing the importance of environmental preservation.

This partnership between AGERP and COESUS shows joint concern with family farming and the preservation of the environment. The agricultural sector is essential for Maranhão’s economy, and awareness of the dangers of fracking ensures the sustainability of agricultural activities and the quality of life of rural communities.